Na virada do milênio, Josh Hartnett era um dos nomes mais badalados de Hollywood. O ator americano esteve em filmes como As Virgens Suicidas, Pearl Harbor, Falcão Negro em Perigo e 40 Dias and 40 Noites. Em 2003, ele contracenou com ninguém mais, ninguém menos que Harrison Ford em Divisão de Homicídios.
Dirigido por Ron Shelton, o longa acompanha dois policiais de Los Angeles que precisam investigar o assassinato de um cantor de rap, passando assim a ter acesso aos bastidores da indústria musical. Com um orçamento de US$ 75 milhões, a obra arrecadou apenas US$ 51 milhões mundo afora e foi massacrada pela crítica (tem 30% de aprovação no Rotten Tomatoes).
No entanto, o mais interessante sobre o projeto foram os boatos de que Hartnett e o astro de Indiana Jones não se davam bem. Agora, 20 anos depois, Hartnett explicou o que realmente aconteceu fora das câmeras. "O drama estava vendendo jornais, especialmente naquela época", disse ao The Independent. "Mas nos demos muito bem. Havia coisas a respeito das quais não concordávamos, como o roteiro. Houve muitas reescritas. Mas [a situação] foi mal interpretada como 'Eles não se dão bem!'"
"Não foi um set cheio de tensão", continuou Hartnett. "Acho que o chamei de 'a ruína da minha existência' quando estávamos promovendo o filme, mas foi apenas porque ele [Ford] estava constantemente me irritando. É o jeito dele de ser."
Na época, os rumores eram de que Ford e Hartnett se recusaram a fazer contato visual enquanto trabalhavam, e que discutiram durante a turnê promocional. Aparentemente, Ford apelidou Harnett de "punk", e Harnett apelidou de Ford de "velho chato".
Em 2003, durante uma entrevista à revista Contactmusic, Harnett reconheceu que ele e Ford tinham interações estranhas entre os takes: "Havia momentos em que acabávamos sentados no carro quando deveríamos fazer uma cena e nenhum de nós dizia nada por uma hora." Apesar de terem passado por um período experimental no início, Harnett garantiu que, até o final das gravações, já estavam se entendendo.