É um processo natural em uma produção cinematográfica em larga escala. Depois de gravar um filme, é necessário realizar refilmagens. Ou seja, sequências ou cenas que devem ser gravadas para adicionar à história algumas partes que estão faltando, melhorá-las ou alterá-las.
Foi o que aconteceu com a Guerra Mundial Z. O filme de 2013, dirigido por Marc Forster, teve um final muito mais sombrio e épico do que o que entrou na versão oficial. A história acompanha Gerry Lane, interpretado por Brad Pitt. O protagonista é um renomado pesquisador que, como o resto do mundo, se encontra no meio de um apocalipse zumbi. Sua missão é descobrir a origem do vírus e tentar acabar com ele para salvar o futuro da humanidade.
No desfecho original, Gerry e seu parceiro Segen vão para a Rússia e se juntam ao exército para lutar contra os zumbis. O tempo passa e, quando o inverno chega, o protagonista lidera os soldados em batalhas impressionantes. Além disso, ele conseguiu entrar em contato com sua esposa Karin, que se tornou uma prostituta para sobreviver. Gerry não quer perder sua família, então ele embarca em uma viagem pela Sibéria para encontrar o paradeiro de sua esposa na América.
Como você pode ver, é um resultado muito mais pessimista do que no filme que chegou aos cinemas. Neste último, Gerry chega a um laboratório e descobre uma peculiaridade sobre os zumbis: eles só atacam aquelas pessoas que não estão doentes ou fracas.
Grande parte do primeiro final sobre o qual falamos foi filmado. No entanto, quando a Paramount decidiu que queria algo mais leve e otimista, eles tiveram que jogar tudo fora e ligar as câmeras novamente para filmar o outro final. Essas refilmagens custam cerca de 25 milhões de dólares. O orçamento do filme passou de 175 milhões de dólares para 200 milhões. E que, conforme publicado pela IndieWire, alguns estúdios rivais da Paramount apontaram que o orçamento real era entre 210 e 250 milhões de dólares.
"No final original, após a sequência de Israel e o acidente de avião, Gerry está na Rússia e a história do que ele descobre no laboratório é o que ele encontra na Rússia, mas ele aplica sua teoria no campo de batalha", disse Forster. "Nunca terminamos essa filmagem porque todos concordamos que, depois de Israel e do avião, você está cansado das batalhas, quer que o filme seja mais calmo e não quer outra grande batalha."