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    "Posso ser atingido por um ônibus e ainda vou aparecer em filmes": Tom Hanks afirma que Inteligência Artificial vai mudar o cinema
    Nathalia Jesus
    Nathalia Jesus
    -Redatora e crítica
    Jornalista apaixonada por cinema, televisão e reality show duvidoso. Grande entusiasta de dramas coreanos e tudo o que tiver o dedo de Phoebe Waller-Bridge.

    O uso da tecnologia tem sido uma preocupação na indústria.

    Se tem um tópico inflamadíssimo na internet atualmente é sobre o poder da inteligência artificial. A tecnologia conta com recursos que podem ser mais "inofensivos" como colocar a voz de Kanye West nas músicas da Taylor Swift, ou fazer com que Harry Styles cante o hino do Vasco da Gama. Da mesma forma, também pode criar imagens ilusionais e redesenhar a realidade, como reproduzir a performance de um ator que não está mais entre nós.

    Com esta gama de possibilidades, Tom Hanks tem certa preocupação com o recurso — apesar de apreciar. Em episódio recente do podcast The Adam Buxton, o ator falou sobre o papel que a IA desempenhará no futuro do cinema. Sua primeira experiência com essa tecnologia foi em O Expresso Polar, em 2004.

    O Expresso Polar
    O Expresso Polar
    Data de lançamento 26 de novembro de 2004 | 1h 39min
    Criador(es): Robert Zemeckis
    Com Tom Hanks, Leslie Harter Zemeckis, Eddie Deezen
    Usuários
    4,3
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    "Vimos isso chegando. Vimos que haveria essa capacidade de pegar zeros dentro de um computador e transformá-lo em um rosto e um personagem. Agora, isso cresceu apenas um bilhão [de possibilidades] desde então e vemos isso em todos os lugares."

    Segundo o astro de Forrest Gump, a inteligência artificial pode afetar contratos de trabalho e, por este motivo, é necessário que as semelhanças da tecnologia e da fisionomia real dos atores sejam discutidas em cláusulas de propriedade intelectual.

    Posso dizer que há discussões acontecendo em todas as guildas, todas as agências e todos os escritórios de advocacia para chegar às ramificações legais do meu rosto e da minha voz — e de todos os outros — sendo nossa propriedade intelectual.

    "Qualquer um agora pode se recriar em qualquer idade que tenha, por meio de IA ou tecnologia deep fake... Posso ser atingido por um ônibus e ainda vou aparecer em filmes", disse, defendendo, por fim, que as pessoas não vão se importar se a performance na tela é feita pelo próprio Tom Hanks ou por um recurso computadorizado.

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