Se tem um tópico inflamadíssimo na internet atualmente é sobre o poder da inteligência artificial. A tecnologia conta com recursos que podem ser mais "inofensivos" como colocar a voz de Kanye West nas músicas da Taylor Swift, ou fazer com que Harry Styles cante o hino do Vasco da Gama. Da mesma forma, também pode criar imagens ilusionais e redesenhar a realidade, como reproduzir a performance de um ator que não está mais entre nós.
Com esta gama de possibilidades, Tom Hanks tem certa preocupação com o recurso — apesar de apreciar. Em episódio recente do podcast The Adam Buxton, o ator falou sobre o papel que a IA desempenhará no futuro do cinema. Sua primeira experiência com essa tecnologia foi em O Expresso Polar, em 2004.
"Vimos isso chegando. Vimos que haveria essa capacidade de pegar zeros dentro de um computador e transformá-lo em um rosto e um personagem. Agora, isso cresceu apenas um bilhão [de possibilidades] desde então e vemos isso em todos os lugares."
Segundo o astro de Forrest Gump, a inteligência artificial pode afetar contratos de trabalho e, por este motivo, é necessário que as semelhanças da tecnologia e da fisionomia real dos atores sejam discutidas em cláusulas de propriedade intelectual.
Posso dizer que há discussões acontecendo em todas as guildas, todas as agências e todos os escritórios de advocacia para chegar às ramificações legais do meu rosto e da minha voz — e de todos os outros — sendo nossa propriedade intelectual.
"Qualquer um agora pode se recriar em qualquer idade que tenha, por meio de IA ou tecnologia deep fake... Posso ser atingido por um ônibus e ainda vou aparecer em filmes", disse, defendendo, por fim, que as pessoas não vão se importar se a performance na tela é feita pelo próprio Tom Hanks ou por um recurso computadorizado.