Não, Bruce nem sempre morou na Mansão Wayne! Pode parecer surpreendente, mas, originalmente, o jovem cujos pais foram assassinados nas ruas de Gotham não cresceu na luxuosa residência que todo fã de Batman conhece. É o que apontam os quadrinhos da chamada "era de ouro" da DC Comics.
Esse período vai de 1938 – que também é a data da criação do Homem-Morcego – até 1956, quando o gênero de super-herói é recolocado nos trilhos após seu declínio no final da Segunda Guerra Mundial (1939-45). Naquela época, os elementos que hoje tanto associamos ao personagem ainda não estavam presentes.
A edição 205 da Detective Comics nos oferece um flashback no qual Bruce conta a Robin que descobriu a caverna dos morcegos por acidente. Na verdade, ele "comprou a casa" planejando "usar o velho celeiro como um QG secreto". Veja abaixo:
Porém, como mostra o segundo quadro, o chão do celeiro acabou cedendo sob os pés de Bruce, e ele caiu na cova infestada. O local foi imediatamente batizado pelo bilionário de "bat-caverna".
A Mansão Wayne era, assim, uma aquisição do próprio Bruce, e não a tal casa que teria pertencido a seu pai Thomas e sua mãe Martha, e na qual teria criado pelo mordomo Alfred. Esse é o caso na maioria das versões posteriores da origem do herói – e das adaptações para o cinema e TV.
Por sua vez, a série limitada de HQs intitulada "Batman: O Retorno de Bruce Wayne" (2010), de Grant Morrison, traz uma viagem no tempo para ver a construção da mansão no século 19 e entender a importância que ela tem para a família Wayne. Confira um frame da propriedade:
Desde as primeiras aventuras de Batman na tela, a casa dos Waynes raramente foi explorada em todo o seu potencial. Talvez os futuros filmes de Matt Reeves permitam isso?