Na sexta-feira passada, dia 28 de abril, Eva Green ganhou o processo que movia contra a produtora britânica White Lantern Film por causa de um projeto que nunca saiu do papel: A Patriot, um longa de ficção científica que seria dirigido por Dan Pringle. A atriz, que recentemente participou de Os Três Mosqueteiros: D'Artagnan, vai receber a impressionante quantia de US$ 1 milhão.
A sentença foi anunciada quatro meses após o julgamento de janeiro. E a disputa foi das mais desagradáveis, com depoimentos de ambas as partes muito duros e, por vezes, chocantes. Mas a treta já vem desde 2018, quando foi noticiado que Eva estava no elenco de A Patriot.
Segundo declarou no tribunal, ela ficou bastante entusiasmada com a proposta, cujo orçamento inicial havia sido fixado em US$ 10 milhões. "Apaixonei-me pela história e achei que tinha que ser contada", disse Eva. Acontece que os produtores não conseguiram tal investimento, diminuindo cada vez mais o valor destinado ao filme sem o conhecimento da atriz.
Assim, o projeto pelo qual se encantou começou a ser algo bem diferente. Em outubro de 2019, acabou abandonado. Eva, porém, havia assinado um contrato "Pay or Play", que estabelece que o produtor deve pagar ao artista mesmo que posteriormente decida dispensar seus serviços ou que o longa não seja feito.
20th Century Fox
Eva entrou, então, na Justiça para que seus honorários fossem devidamente quitados. Em resposta, a White Lantern Film abriu um processo contra ela por "conspiração, engano e interferência ilegal", algo que poderia ter terminado em uma cifra muito ruim para a atriz se tivesse perdido.
Ainda de acordo com a produtora, Eva "declarou fraudulentamente que estava pronta, disposta e capaz de cumprir suas obrigações contratuais", mas, no fim, sabotou deliberadamente o filme para que pudesse comprar o roteiro e fazê-lo sozinha. Suas "exigências irracionais" fizeram com que o filme fracassasse, segundo a White Lantern Film.
Durante o julgamento, Eva confirmou aos advogados adversários que havia se referido a A Patriot como "um filme B de merda" e também sua crença de que fazer parte dele teria sido prejudicial. "Quando um ator aparece em um filme B, fica marcado e nunca mais consegue um trabalho de qualidade... Isso pode acabar com minha carreira", disse ela, admitindo que "entrou em pânico" ao perceber os problemas de financiamento na produção.
Atores de Romeu e Julieta processam estúdio por cena de nudez no filme de 1968Conforme apurado na época pela Variety em documentos legais, Eva também insultou o produtor do filme, Jake Seal, chamando-o de "imbecil", "mau" e "puro vômito". No tribunal, a atriz afirmou que se deixou levar por sua "francesidade": "Às vezes eu digo coisas impulsivas que não são verdadeiras. Foi a minha parte emocional falando."
Em sua conta no Instagram, Eva comemorou a vitória com um texto. "Hoje, após uma longa batalha legal, ganhei meu caso no Supremo Tribunal de Londres. O caso foi amplamente deturpado pela imprensa e gostaria de aproveitar esta oportunidade para fazer uma declaração pessoal", escreveu.
Em uma declaração postada em sua conta no Instagram, Eva diz estar feliz por ter conseguido limpar sua reputação. "Hoje, após uma longa batalha legal, ganhei meu caso no Supremo Tribunal de Londres. O caso foi amplamente deturpado pela imprensa e gostaria de aproveitar esta oportunidade para fazer uma declaração pessoal", escreveu.
"Ganhei meu caso contra os financiadores do filme proposto – e todas as alegações que eles fizeram contra mim foram totalmente rejeitadas pelo juiz. Minha reputação profissional foi preservada."
"O juiz considerou que eu nunca havia violado minhas obrigações contratuais. O julgamento é claro. Sou grata ao Tribunal, ao juiz, à minha equipe jurídica e ao meu valente agente, que é minha força e meu escudo."
