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    Harry Potter: O problema com Harry, Rony e Hermione que prova como é difícil trabalhar com crianças no set
    Lucas Leone
    Lucas Leone
    -Redator | Crítico
    Lucas só continua nesta dimensão porque Hogwarts ainda não aceita alunos brasileiros. Ele até tentou ir para Westeros ou o Condado, mas perdeu a hora do Expresso do Oriente. Hoje, pode ser visto escrevendo no Central Perk mais próximo.

    Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint quase não tinham experiência como atores, e isso foi um verdadeiro desafio para o diretor Chris Columbus.

    Em 2001, Harry Potter e a Pedra Filosofal fez sua estreia nos cinemas do mundo todo, dando início à saga do menino de óculos e cicatriz que descobre ser um famoso bruxo. Entre o primeiro capítulo da franquia e o último, As Relíquias da Morte - Parte 2, tudo mudou para Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint, que deram vida a Harry, Hermione e Rony.

    Porém, quando o trio principal foi escalado, havia uma grande questão: nenhum deles tinha experiência com atuação – exceto Radcliffe, que tinha aparecido no telefilme David Copperfield, de 1999. Esse detalhe, é claro, teve consequências diretas nas filmagens e na montagem de A Pedra Filosofal.

    Na docusérie Creating the World Of Harry Potter: The Magic Begins, lançada em 2021, Chris Columbus, diretor do longa e também de A Câmara Secreta, relembrou as complicações do início: “O problema, que é comum a todas as crianças, era aquela sensação de empolgação e de não conseguir parar de sorrir, mesmo estando em uma cena séria.”

    Grint conta no mesmo programa que Alan Rickman, intérprete de Severo Snape, percebeu isso e o aconselhou a relaxar o rosto e não pensar em nada. “Não funcionou muito, para ser honesto, mas tentei”, confessou ele.

    Daniel, Rupert e Emma em cena de A Pedra Filosofal.. Warner Bros. Studios
    Daniel, Rupert e Emma em cena de A Pedra Filosofal..

    Na época, o diretor de fotografia John Seale encontrou uma solução: “No começo, você tem 10 takes. Você tem sorte se conseguir o que deseja. Depois, eles [os atores] têm que ir para a escola, e você não pode gravar de novo. Então tínhamos cerca de três ou quatro câmeras no set.”

    Para Columbus, era fundamental poder capturar os protagonistas individualmente em todos os momentos. Como relata o cineasta: “Era importante ter uma câmera em cada uma das crianças, caso uma delas perdesse a energia, ou se cansasse, ou olhasse para a câmera. A chave foi filmar com várias câmeras porque nunca sabíamos quando os pequenos fariam a performance de que precisávamos.”

    Que impacto isso teve na montagem de A Pedra Filosofal? Nas palavras de Columbus: “Se você assistir ao primeiro filme, verá que está muito cortado. Passamos de um close-up de uma criança para uma tomada maior de outra pessoa. Não conseguimos obter uma cena completa no contexto. Portanto, a filosofia de filmar com três câmeras de John me ajudou a obter uma interpretação aqui, uma interpretação ali… Você não faz um filme assim, era mais próximo de um estilo de documentário.”

    Com certeza depois de saber disso você não verá mais A Pedra Filosofal da mesma forma. Columbus reconheceu em 2021 que gostaria de lançar sua versão de 3 horas do filme e que seu sonho é trazer a peça “Harry Potter e a Criança Amaldiçoada” para o cinema com o elenco original. Será que ele conseguirá realizá-lo agora que a HBO Max anunciou um reboot da franquia em forma de série?

    Harry Potter e a Pedra Filosofal
    Harry Potter e a Pedra Filosofal
    Data de lançamento 23 de novembro de 2001 | 2h 32min
    Criador(es): Chris Columbus
    Com Daniel Radcliffe, Rupert Grint, Emma Watson
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    4,5
    Assista agora em Max
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