Enquanto estava no Howard Stern Show em 2019, o ator britânico Orlando Bloom – famoso por interpretar o elfo Legolas em O Senhor dos Anéis ou o aventureiro Will Turner em Piratas do Caribe – relembrou o início de sua carreira, pouco antes de o diretor Peter Jackson dar lhe o papel que mudaria sua carreira para sempre.
No final dos anos 90, Bloom, ainda desconhecido do público, tinha tentado fazer parte de outro grande projeto: o musical Moulin Rouge, de Baz Luhrmann, que seria estrelado por Ewan McGregor e Nicole Kidman. “Eu fiz teste seis vezes”, disparou o astro.
“Achei que esse filme seria o que me permitiria seguir meu caminho, pouco antes de O Senhor dos Anéis. Foi mais ou menos na mesma época”, continuou ele. “Eles tinham planejado contratar atores desconhecidos, o que era claramente o meu caso. E finalmente escolherem Ewan e Nicole, tomando um rumo completamente diferente.”
Ainda no programa, Bloom afirmou que não guarda rancor. Pelo contrário, ele se declara feliz e grato por ter conseguido integrar a épica trilogia baseada nos livros de J.R.R. Tolkien. Um papel que, no entanto, devido à sua baixa popularidade na época, lhe rendeu apenas US$ 175 mil por 18 meses de filmagem (mais refilmagens).
“Nada! Não ganhei nada!”, confirmou o ator, antes de acrescentar que não tinha absolutamente nenhum arrependimento. “Olha... Esse foi o maior presente da minha vida. E eu faria de novo por metade do valor.”
À título de comparação, segundo portais como We Got this Covered e Style, Ian McKellen teria recebido entre US$ 13 e US$ 14 milhões para encarnar o mago Gandalf nos dois primeiros longas – A Sociedade do Anel e As Duas Torres. Por sua vez, Elijah Wood, o hobbit Frodo Bolseiro, teria faturado US$ 250 mil no primeiro capítulo da saga, chegando à quantia de US$ 1 milhão até o fim dos trabalhos.
Além do sucesso triunfante que os três filmes de Jackson conquistaram no início dos anos 2000, as gravações de O Senhor dos Anéis são, de fato, conhecidas pelo espírito de camaradagem que reinava no set – em particular entre os membros da chamada Comunidade do Anel, que fizeram tatuagens iguais com o número nove escrito em élfico.