Seja a icônica cena de tiros na primeira parte da trilogia Matrix, o memorável confronto com Bodhi (Patrick Swayze) em Caçadores De Emoção ou as muitas acrobacias de tirar o fôlego na saga John Wick, é fácil encontrar algumas das belas sequências que moldaram nossas memórias como espectadores quando exploramos a filmografia de Keanu Reeves.
Mas e quanto às suas próprias lembranças? E quanto aos seus próprios gostos? Quais são os longas-metragens que o emocionaram, os atores que o comoveram, as cenas que deixaram uma impressão duradoura nele?
Keanu Reeves ganhou “pouco” para fazer John Wick 4: Salário não pagaria meia hora de Tom CruiseEm outubro de 2014, quando a primeira obra do que acabou se tornando a franquia John Wick estava prestes a ser lançada nos cinemas, o site francês Allociné perguntou a Keanu Reeves qual era sua sequência favorita no cinema. Ele contou sobre um filme de Werner Herzog que é praticamente desconhecido do grande público: Stroszek.
Alerta de spoiler!
Um drama desiludido feito em 1977, narra a história das desventuras de três alemães: Bruno, um ex-presidiário, seu vizinho e uma prostituta que tenta escapar de seu cafetão. Juntos, eles decidem deixar Berlim para tentar encontrar uma vida melhor nos Estados Unidos, em Wisconsin. Mas as coisas estão longe de acontecer como eles esperavam.
Particularmente pessimista e cínica, a conclusão do filme, em que Bruno comete suicídio depois de operar um monte de atividades malucas que são descobertas depois pelo corpo de bombeiros e pela polícia, é a sequência que chamou a atenção de Keanu Reeves:
"Há uma cena no final de Stroszek, em que se ouve um tiro e o personagem principal entra em uma espécie de teleférico. E sabemos que ele estourou os miolos", contou o ator.
"E há um close-up de uma galinha em uma feira. Ela está em um prato. E é uma galinha dançante. O cara colocou uma moeda e disse: 'Não podemos impedir a galinha de dançar'."
Descrito como "um dos filmes mais estranhos já feitos" pelo crítico de cinema Robert Ebert, Stroszek também é considerado o último filme visto por Ian Curtis, o vocalista da banda Joy Division, antes de cometer suicídio em 1980.