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    Kate Winslet tinha um dos melhores papéis da trilogia O Senhor dos Anéis ao seu alcance, mas recusou
    Lucas Leone
    Lucas Leone
    -Redator | Crítico
    Lucas só continua nesta dimensão porque Hogwarts ainda não aceita alunos brasileiros. Ele até tentou ir para Westeros ou o Condado, mas perdeu a hora do Expresso do Oriente. Hoje, pode ser visto escrevendo no Central Perk mais próximo.

    O diretor Peter Jackson acreditava que seria fácil trazer a atriz de Titanic para sua trilogia depois de terem trabalhado juntos nos anos 90.

    Ela foi indicada e até ganhou o Oscar, estrelou grandes filmes e séries como Titanic ou Mare of Easttown, e também passou por uma franquia gigantesca como Avatar. Pode-se dizer que Kate Winslet tem a vida mais do que resolvida e que seu currículo é impecável. Ainda assim, ela poderia ter tido outro momento lendário se quisesse.

    A atriz britânica quase participou da trilogia de O Senhor dos Anéis, dirigida por Peter Jackson. E não em um papel insignificante, pois teria protagonizado um dos momentos mais lembrados dos três filmes. O cineasta quis trabalhar com ela novamente depois de Almas Gêmeas (1994), filme neozelandês baseado em um dos crimes reais mais chocantes da década de 50. Winslet interpreta uma das protagonistas e foi uma verdadeira revelação.

    O filme colocou ela e o diretor no radar de Hollywood, e eles começaram a ter várias oportunidades. No caso dela, foram papéis ainda mais importantes em filmes como Razão e Sensibilidade (1995) e o já citado Titanic, ambos lhes rendendo merecidas indicações a prêmios como o Oscar. De repente, o mundo estava a seus pés, e ela podia escolher qualquer projeto.

    Jackson, por sua vez, conseguiu realizar seu sonho de adaptar os livros de J.R.R. Tolkien para as telonas. Um processo trabalhoso e longo em todos os aspectos, incluindo a formação do elenco. Ele pensou que seria fácil recrutar Winslet, já que tinha ficado bastante satisfeito com sua entrega em Almas Gêmeas. Ele tinha até o papel perfeito para ela: Éowyn, a corajosa filha do rei Théoden.

    Aragorn (Viggo Mortensen) e Éowyn (Miranda Otto) em O Senhor dos Anéis. New Line Cinema
    Aragorn (Viggo Mortensen) e Éowyn (Miranda Otto) em O Senhor dos Anéis.

    Sim, Winslet poderia ter sido a atriz a proferir as palavras épicas "Eu não sou um homem" no momento culminante de Éowyn em O Retorno do Rei (2003). No entanto, ela rejeitou. Primeiro, porque optou por estrelar dramas mais modestos e complexos como Iris (2001). Segundo, por causa da extensa duração das filmagens de O Senhor dos Anéis.

    Para rodar os três longas, Jackson trouxe a produção para sua terra, a Nova Zelândia, fazendo com que a equipe e o elenco se mudassem para o país por pelo menos três anos. Na época, Winslet estava ansiosa para se estabelecer na indústria, bem como começar uma família casando-se. A empreitada grandiosa se chocou, portanto, com os planos da atriz.

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    O diretor tomou conhecimento de sua recusa por meio de um e-mail do produtor Michael De Luca: "Receio que Winslet não esteja disponível. Acho que ela desistiu do projeto devido ao tempo que leva."

    No final das contas, o papel de Éowyn foi para Miranda Otto, que estava mais do que à altura do desafio que isso implicava. Ainda assim, talvez seja um dos "e se...?" mais sugestivos das infinitas possibilidades que poderiam ter ocorrido na trilogia.

    O Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel
    O Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel
    Data de lançamento 1 de janeiro de 2002 | 2h 58min
    Criador(es): Peter Jackson
    Com Elijah Wood, Sean Astin, Ian McKellen
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