Mantendo a tradição como uma das produções mais sangrentas do cinema, A Morte do Demônio: A Ascensão é o 5ª da clássica franquia de terror que acaba de chegar aos cinemas. Desta vez, a história deixa a também clássica casa na floresta de lado e toda a ação acontece dentro de um apartamento – o que pode ser ainda mais assustador. Quem explica é o diretor do longa, Lee Cronin: em entrevista ao AdoroCinema, o cineasta conta como a pandemia o inspirou.
Antes mesmo da estreia do filme, o primeiro trailer divulgado chamou atenção: um simples ralador de queijo foi mostrado como um dos (muitos!) instrumentos de tortura utilizados durante a história. Nós quisemos saber de onde Lee Cronin tirou essa ideia e ele explicou: foi o isolamento social.
“Eu escrevi o roteiro durante a primeira onda da COVID, em 2020, quando estávamos todos trancados em casa. Então tive muito tempo para olhar os objetos no meu apartamento e pensar em como usá-los no filme”, revelou o cineasta. Assista à entrevista completa:
Lee explica também que todos os objetos usados como arma já apareciam em cena antes mesmo da ação. “Eu tento plantar algumas dessas armas, que você geralmente tem em casa, em vários lugares, para que possam ser usadas mais à frente na história”, contou. A ideia de contar a história de A Morte do Demônio em um pequeno apartamento, ele explica, surgiu da equipe de produção, que inclui ninguém menos do que o criador da franquia, Sam Raimi, e o protagonista original, Bruce Campbell, o Ash da primeira trilogia.
“Todos gostamos da ideia do que aconteceria se o Necronomicon aparecesse em um ambiente urbano e moderno ou perto de uma família. Esses personagens estão na casa deles, em um lugar seguro”, diz o diretor. Para ele, uma história com personagens dentro de sua própria casa ajuda o público a sentir a aflição das tragédias de forma diferente da tensão em uma cabana na floresta.
“Quando você vai para uma cabana sinistra, é fácil fazer sua imaginação te assustar, mas quando você está em sua própria casa e as coisas começam a dar errado, é mais terrível e devastador”, analisa.
A Morte do Demônio tem o filme mais sangrento do cinema
Em 2013, A Morte do Demônio ganhou um remake que entrou para a história: nada menos do que 70 mil galões (265,50 litros) litros de sangue falso foram utilizados nas filmagens. Exatamente uma década depois, seu sucessor fez jus à fama e muito líquido foi derramado – uma tarefa que pode ser mais complexa do que imaginamos.
“Acho que uma das coisas mais difíceis é que nem tudo corre perfeitamente no set de um filme, é por isso que gravamos muita e muitas vezes. Com o sangue, por ser muita lambança para todos os lados, leva muito tempo para limpar. Então, se tivermos uma grande cena com sangue que não ficou muito boa, perco muito tempo”, conta o diretor.
Mas Lee sabe (e nós também!) que essa “extravagância” faz parte do DNA da franquia e a atriz Lily Sullivan, que protagoniza o longa ao lado de Alyssa Sutherland, concorda.
“Foram alguns dos melhores e piores momentos da minha vida, mas uma oportunidade rara e minha criança interior estava feliz por ser parte da franquia. Quer dizer, o sangue é quase um personagem por si só nos filmes de A Morte do Demônio”, pontuou.
A Morte do Demônio: A Ascensão está em cartaz nos cinemas.