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    Quando Steven Seagal se recusou a matar mais pessoas no cinema e como ele sabotou um de seus filmes mais populares para tentar se safar
    Giovanni Rodrigues
    Giovanni Rodrigues
    -Redação
    Já fui aspirante a x-men, caça-vampiros e paleontólogo. Contudo, me contentei em seguir como jornalista. É o misto perfeito entre saber de tudo um pouquinho e falar sobre sua obsessão por nichos que aparentemente ninguém liga (ligam sim).

    Steven Seagal causou polêmica no set de um de seus filmes mais conhecidos e, por pouco, não arruinou completamente a produção.

    Steven Seagal matou uma infinidade de personagens em seus quase 40 anos como ator, mas houve um momento em que ele teve um colapso espiritual e decidiu que não queria matar ninguém na tela novamente. Uma situação complexa, ainda mais porque Glimmer Man - O Homem das Sombras estava prestes a começar a filmar.

    Vocês já sabem que Seagal acabou matando muitos personagens nesse filme, mas o que talvez não saibam é que foi o ator Stephen Tobolowsky quem conseguiu fazer o protagonista de Em Terreno Selvagem mudar de ideia no primeiro dia de filmagem. Se você se lembra de Glimmer Man, Tobolowsky dá vida a um serial killer, algo que ele decidiu usar a seu favor para convencer Seagal.

    Glimmer Man - O Homem das Sombras
    Glimmer Man - O Homem das Sombras
    Data de lançamento 20 de outubro de 2021 | 1h 31min
    Criador(es): John Gray
    Com Steven Seagal, Keenen Ivory Wayans, Brian Cox
    Usuários
    3,6
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    A conversa com Seagal

    Como o próprio Tobolowsky lembra, o diretor John Gray disse a ele para não falar com Seagal a fim de evitar complicar ainda mais a situação. No entanto, Tobolowsky deu uma reviravolta inesperada quando respondeu o seguinte a Seagal:

    "Este caso é uma exceção. Penso na minha vida como a de um serial killer e sinto que estou preso nesta alma quebrada que habito. Isso realmente me ajudaria no desenvolvimento da minha reencarnação, se você pudesse me matar. Então eu poderia deixar este corpo e transcender para uma vida, em um corpo melhor. Na verdade, você estaria me ajudando."

    Essa resposta pegou de surpresa o protagonista de Acima da Lei, que então perguntou a Tobolowsky se ele "estaria lhe dando uma mão", que este não hesitou em aproveitar para comentar que "Você estaria ajudando a todos. Você estaria eliminando o mal do mundo. Você estaria me dando um novo sopro de vida, em algum momento no futuro próximo".

    Warner Bros.

    Tobolowsky se lembra de Seagal dizendo a ele que "nunca pensei nisso dessa maneira. Ok, vou matar você nesta cena". Claro que o "final feliz" estava prestes a ser estragado no último momento, já que Seagal começou a improvisar momentos em que apontava o quanto estava feliz por não ter matado aquele personagem quando a cena já estava gravada e era evidente que o personagem morreu.

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    Isso obrigou Tobolowsky a voltar ao set dois meses depois para gravar uma fala em que dizia "Acabe comigo, filho da mãe. Não me deixe assim, me mate" para dar a impressão de que quando estava caindo morto pelo tiro que recebeu no peito, ele ainda está vivo. Ao vê-lo, Keenen Ivory Wayans, co-estrela de Glimmer Man, afirmou que assim o filme se tornou uma comédia. Por sorte, o resultado foi tão lamentável para os responsáveis ​​que essa solução de última hora acabou sendo descartada da montagem final.

    Apesar de ser um de seus filmes mais populares, Glimmer Man acabou sendo um notório fracasso comercial - teve uma receita mundial de 39 milhões de dólares quando custou 45 milhões - e a carreira de Seagal na primeira linha de Hollywood logo chegou ao seu fim.

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