Uma das franquias de terror mais clássicas do cinema está de volta: A Morte do Demônio - A Ascensão é o quinto filme da série criada por Sam Raimi e estreia mantendo uma tradição importante. Nada menos do que seis mil litros de sangue foram derramados na história e as gravações são tão caóticas quanto as cenas que vemos na tela. Em entrevista ao AdoroCinema, o diretor e o elenco contaram sobre os bastidores “grudentos”.
Em 2013, o remake de A Morte do Demônio se tornou o filme mais sangrento da história do cinema e nada menos do que 70 mil galões (265,50 litros) litros de líquido foram utilizados nas filmagens. Dez anos depois, a versão de 2023 também deu trabalho à produção, de acordo com o cineasta Lee Cronin, que assina A Ascensão.
“Acho que uma das coisas mais difíceis é que nem tudo corre perfeitamente no set de um filme, é por isso que gravamos muita e muitas vezes. Com o sangue, por ser muita lambança para todos os lados, leva muito tempo para limpar. Então, se tivermos uma grande cena com sangue que não ficou muito boa, perco muito tempo”, disse. Assista à entrevista completa:
O diretor ainda fez uma comparação curiosa – para ele, é como se o sangue fosse um personagem próprio em A Morte do Demônio. “É realmente desafiador. O sangue é aquele ator que não quer “tomar notas”, que vai fazer o que quiser, mas eu sabia que precisávamos ter muito sangue nesse filme, que o nível precisa aumentar e aumentar enquanto a história se desenrola”, explicou.
De fato, A Ascensão leva a sério o legado de violência da franquia e aposta em cenas grotescas. Para o elenco, essa bagunça toda tem partes boas e ruins. “Foram alguns dos melhores e piores momentos da minha vida, mas uma oportunidade rara e minha criança interior estava feliz por ser parte da franquia A Morte do Demônio. Quer dizer, o sangue é quase um personagem por si só”, complementa a atriz Lily Sullivan, uma das protagonistas.
A história do novo filme começa quando a personagem de Lily, chamada Beth, descobre que está grávida e decide visitar a irmã, que vive com os 3 filhos. Um deles acaba encontrando um livro amaldiçoado e liberta um espírito demoníaco que passa a atormentar a vida de todos. A partir daí, uma luta por sobrevivência se desenrola e o longa não economiza na criatividade para aterrorizar o público.
Ao AdoroCinema, a atriz Alyssa Sutherland também falou sobre a caracterização assustadora e sobrenatural de sua personagem – o processo de construção do visual foi longo e ela passava horas na montagem.
“Tivemos muitos testes de maquiagens, então não é como se você fosse de “não ser um monstro” para “ser um monstro” da noite para o dia. É um processo gradual colaborativo. Quando ele está pronto, funciona. Tipo, você acredita. Você se vê e isso te ajuda a acreditar que é realmente um demônio”, relembrou.