David Fincher (Clube da Luta, Seven) é, talvez, um dos diretores mais exigentes de Hollywood. Segundo pessoas que trabalharam com o cineasta, o homem é intransigente quando se trata de julgar filmes. No entanto, um longa-metragem francês lançado no ano passado parece ter tocado seu coração: Pacifiction, dirigido por Albert Serra.
No fim do mês passado, o protagonista da obra, Benoît Magimel, foi convidado pelo programa da TV francesa, C à vous, para falar sobre a sua recente vitória no César, uma premiação vista como o Oscar do cinema francês. Segundo o astro, na cerimônia, ele teria sentado em uma mesa junto de Brad Pitt e David Fincher, compartilhando a seguinte história:
Brad Pitt me disse que David Fincher é muito rígido. Em vinte anos, Pitt o viu umas cinco vezes feliz em assistir a um filme. Ou seja, ele não gosta de nada. Brad me disse: 'Esse cara não gosta de nada, mas Pacifiction ele adorou'.
Para os interessados, o longa-metragem se passa em uma ilha da Polinésia Francesa, para onde uma escritora retorna depois de ter triunfado na França. No entanto, ela está desorientada e em crise criativa. Diante da impossibilidade de escrever novos trabalhos, nossa protagonista decide aceitar um emprego de tradutora junto a um embaixador. Quando uma estranha atração amorosa se inicia entre os dois, aos poucos, ela começa a perceber o cinismo da política internacional, colocando em dúvida esse relacionamento.
Durante a entrevista, Magimel não revelou o que especificamente Fincher apreciou no filme, mas destacou que o diretor, tal como Pitt, tinha uma rara "elegância" e "bondade". Ele ainda acrescentou que "como todos os grandes, Fincher é uma pessoa simples”.
Por fim, vale ressaltar que, antes de Pacifiction, Magimel ganhou o César de Melhor Ator Coadjuvante por De Cabeça Erguida, em 2016; e Melhor Ator por Enquanto Vivo, em 2022.
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