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    John Boyega pede respeito a personagens negros, mas está em paz com Star Wars
    Diego Souza Carlos
    Apaixonado por cultura pop, latinidades e karê, Diego ama as surpresas de Jordan Peele, Guillermo del Toro e Anna Muylaert. Entusiasta do MCU, se aventura em estudar e falar sobre cinema, TV e games.

    Astro da Hollywood cósmica foi amplamente atacado durante seu período na franquia.

    Tanto quanto a trilogia do início dos anos 2000, os últimos três filmes numerados de Star Wars foram recheados de polêmicas e contradições. Com certa problemática envolvendo parte dos fãs, que atacaram massivamente atores não-brancos escalados para a produção, como é o caso de Kelly Marie Tran, muitos se afastaram da franquia com lembranças negativas.

    Outro astro de Hollywood que teve um período difícil enquanto estava na franquia é John Boyega. Apresentado em O Despertar da Força como Finn, a ideia inicial para o personagem, em tese, era mostrar a história de um Stormtrooper que se tornaria um Jedi, se tivesse alguma relação com a Força, ou pelo menos um importante componente da resistência. Mesmo que isso não se concretizasse, o herói teria destaque próximo ao de Rey (Daisy Ridley).

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    Alvo de ataques racistas, anteriormente o ator já havia dito que não voltaria para a saga cósmica. Em agosto do ano passado, em entrevista ao programa Tell Me Everything, ele afirmou que "os fãs podem matar as saudades em games e animações, esse tipo de coisa". Na ocasião, ele acrescentou: "Acho que, depois [dos episódios] VII e IX, já deu para mim."

    Naquela época, Moses Ingram passava por uma situação semelhante à do ator e a da intérprete de Rose no passado. A diferença, segundo o artista, é que dessa vez houve ampla defesa da própria marca Star Wars, atores e a equipe de Obi-Wan Kenobi, atração em que a atriz foi escalada.

    "Quando eu comecei, essa não era uma conversa que você poderia ter. Você viu como eles lidaram com isso, eles simplesmente ficaram calados. Então, hoje em dia, ver que o apoio deles a esses atores é explícito, que o próprio Ewan McGregor está por aí condenando os ataques... para mim, é recompensador", disse Boyega.

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    Agora, quase dez anos após dar vida a Finn pela primeira vez, o artista se vê em paz com o personagem, com a franquia e com os complicados acontecimentos passados. "São as experiências, os momentos divertidos, o bom, o feio, o ruim, que fazem de você quem você é enquanto navega na indústria, e isso definitivamente tem sido interessante. E desde então eu pude aproveitar, como fã, The Mandalorian e Obi-Wan Kenobi. Estou gostando do equilíbrio de todas as coisas”, refletiu John em entrevista ao The Times.

    Ele ainda acrescentou um conselho ao conglomerado que detém os direitos da saga: “O que eu diria para a Disney é: 'Não traga um personagem negro, comercialize-o para ser muito mais importante para a franquia do que ele é e depois deixe-o de lado. Não é bom.'”

    Com vitórias em premiações como Critics Choice Awards, Globo de Ouro e BAFTA Awards, Boyega esteve em projetos como Círculo de Fogo: A Revolta, A Mulher Rei, Justiça Além do Sistema e Small Axe. Em breve, o ator poderá ser visto em Eles Clonaram Tyrone, longa da Netflix, e Breaking, no qual interpreta Brian Brown-Easley, um veterano da Marinha que roubou um banco de Los Angeles depois que seu cheque de benefícios foi interrompido.

    A Mulher Rei
    A Mulher Rei
    Data de lançamento 22 de setembro de 2022 | 2h 15min
    Criador(es): Gina Prince-Bythewood
    Com Viola Davis, Thuso Mbedu, Lashana Lynch
    Imprensa
    3,6
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    4,3
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    4,5
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