Além de Rocky Balboa, não há como negar que John J. Rambo é o personagem mais icônico de Sylvester Stallone. Desde que o interpretou pela primeira vez em Rambo - Programado para Matar (1982), Stallone viu o figurão se tornar um ícone de Hollywood, sempre envolvido em grandes cenas de ação através de uma franquia que marcou a história do cinema.
Ao assumir um tom um pouco mais sombrio e contemplativo do que a maioria dos filmes do gênero, Rambo 1 deixou uma mensagem clara: não estaria ambientado apenas em torno das explosões. O longa apresentou uma descida pela mente de um homem envolvido nos horrores da guerra - e ao mostrar que apreciava tal temática, Stallone esteve disposto a levar sua figura para os tribunais.
Para quem não se lembra, nos momentos finais de Rambo, o personagem-título é encurralado durante um confronto com a polícia, mostrando claros sinais de Síndrome Pós-Traumática. Assim, o Coronel Sam Trautman (Richard Crenna) aparece e dá suporte a Rambo, enquanto o mesmo, aos prantos, desabafa sobre os traumas sofridos na Guerra do Vietnã. Tocado pelo amigo, Trautman o leva sob custódia.
Durante uma entrevista, no ano passado, para o canal do YouTube Q with Tom Power, Sylvester revelou que a conclusão para o filme não havia sido pensada originalmente desta forma. Segundo o ator, o diretor da trama, Ted Kotcheff, pretendia que Rambo, após o colapso mental, ou praticasse suicídio ou fosse morto por Trautman - ao que Stallone foi veementemente contra. “Não era a mensagem que eu queria. Quer dizer então que a única saída é morrer?”, ponderou o astro.
Desta forma, Sylvester forçou para que uma versão onde seu personagem não morresse fosse gravada, tirando Kotcheff do sério. Após descontar sua frustração durante as filmagens, o cineasta processou Stallone por fazê-lo gravar a nova cena. Quando o público assistiu às duas durante uma exibição teste do filme, acabou escolhendo pela que Rambo sobrevive, tornando-se, então, o fim oficial para a trama.
Abaixo, você pode conferir o final pretendido pelo diretor: