My Policeman: Romance gay de Harry Styles é inspirado numa história real?

Rodeado de expectativas, My Policeman acaba de chegar ao catálogo do Prime Video. O longa estrelado por Harry Styles apresenta uma narrativa "sobre a complexidade do amor", como o próprio ator indicou recentemente.

A trama segue a paixão de Marion (Emma Corrin) e Tom Burgess (Styles), na costa de Brighton, durante os anos 1950. Todavia, surge em suas vidas Patrick Hazelwood (David Dawson), um curador do Brighton Museum, que acaba desenvolvendo sentimentos pelo policial Tom. Os homens iniciam um caso apaixonado – apesar da homossexualidade ser ilegal naquele período.

Por um tempo, o trio abraça uma dinâmica em comum, até que o ciúme destrói o acordo. Muitos anos depois, Patrick retorna à vida dos agora casados Marion e Tom, desenterrando sentimentos e questões mal resolvidas deixadas de lado - mas que ainda possuem o poder de assombrar a vida dos três.

My Policeman é baseado em fatos reais?

O longa é baseado no romance homônimo de Bethan Roberts, lançado em 2012. A trama tem uma forte ligação com a vida do escritor EM Forster, que tem em sua literatura o livro Maurice, uma história de dois homens de Cambridge que se entregam à paixão.

Esse romance é apenas uma manifestação da própria vida do autor. Quando foi para Cambridge, conheceu o policial Robert Buckingham, em 1930. Logo os dois se tornaram amigos e se aproximaram. Com o passar do tempo, o escritor revelou em uma carta ao amigo Sebastian Sprott que o "sentimento espiritual" entre os dois" agora "estendeu-se ao meu físico".

Dois anos depois, Buckingham se casou com May Hockey, com quem namorava enquanto cultivava um forte relacionamento com Foster. Ambos se afastaram depois do matrimônio abrindo as portas para uma grande tempestade entre este triângulo amoroso. Mesmo assim, Foster se aproximou do casal e formou uma forte amizade com a esposa de seu amado.

Em meados da década de 1960, o escritor sofreu uma série de derrames. A iminência da morte fez com que se abrisse e declarasse seu amor ao amigo. Enquanto isso, Buckingham tentou se desvencilhar do amigo, mas foi lembrado pela esposa de sua forte amizade com o romancista. Após sofrer um segundo derrame, May decidiu cuidar de Foster e, assim, tornaram-se confidentes.

O escritor morreu em 1970. May escreveu o seguinte: "Agora sei que ele estava apaixonado por Robert e, portanto, crítico e ciumento de mim - nossos primeiros anos foram muito tempestuosos, principalmente porque ele não tinha a menor ideia do padrão de nossas vidas e foi determinado que Robert não deveria ser engolido pela domesticidade. Ao longo dos anos, ele mudou a nós dois e ele e eu passamos a amar um ao outro".