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Júlio César Bueno
13 críticas
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5,0
Enviada em 23 de setembro de 2022
Esse é o ancestral chinês do Cisne Negro. Com a mesma temática de dedicação à arte que acaba por consumir o próprio artista, Douzi é um cantor que interpreta papeis femininos de ópera, dentre eles, uma concubina, na mesma peça que dá nome ao filme. Douzi, desde criança, passa pela rígida formação de cantores de ópera chinesa, uma arte tão linda e um patrimônio imaterial da humanidade, mas, para quem olha nos bastidores, também muito cruel. Passando pela Revolução Comunista Chinesa, o filme faz o que o cinema chinês de 5º geração sabe fazer de melhor, liga as problemáticas locais aos eternos dilemas humanos, emoldurando tudo em uma fotografia que, quem conhece esse cinema sabe, é simplesmente a mais bela da história. Adeus, minha concubina é uma ode a própria arte. Ao assistir, só conseguimos nos perguntar como um filme pode ser tão visceral e arrasador, mas ao mesmo tempo tão belo, como é a arte em si.
Um filme impressionante que explora com mestria os sentimentos mais profundos do ser humano, o amor, a inveja, o ódio, a solidão, através do recurso à peça de ópera e do apresentar de cap+itulos da história da china.
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