urante um ano, de Marseille a Charleroi, de Bruay a Genebra, pelas periferias do fim do mundo e por usinas abandonadas, o cineasta recuperou as linhas de ruptura da civilização engendradas pelas indústrias condenadas. Destas paisagens incertas, personagens aparecem: no primeiro plano, um jovem de cabelos compridos fala do seu futuro. Uma parteira, de olhos baixos, se lembra de seu passado. Ela olha para a câmera quando fala do seu presente. Em sua usina destruída, um homem conta seu nascimento. Uma jovem africana canta para seu irmão menor "eu sonharei quando voltar". Entre pais que não sabem mais o que é a transmissão e órfãos à procura de sentido, ressoam palavras que são vida.