Janela Indiscreta: Críticas - Página 5

A sacada de colocar um estilo de vida em cada janela é genial. O casal sem filhos que adota um cachorro, o recém casado, o músico solteiro, a moça solitária, o casal que não se ama.. A história é muito inteligente, não dá pra adivinhar o que acontecerá, e a dúvida paira no ar durante todo o filme. Um dos melhores do diretor.

Ótima concepcao, direcao, vida... mas o remake com reeve é melhor no quesito impacto. compare aquela sequencia em que o vilao invade o apartamento de reeve com a do de james... mesmo assim um filme digno de elogios!

Genial! Não há outra palavra melhor para descrever "Janela Indiscreta". Trata-se de um filme com um universo próprio muito bem construído por Hitchcock, o de um fotógrafo preso a uma cadeira de rodas e que, para matar o tempo, passa a observar seus vizinhos. A direção de Hitchcock é excelente, passando ao espectador exatamente o que o personagem de James Stewart consegue ver. Isto fica muito bem representado no modo como os demais apartamentos, ou melhor, as demais janelas são apresentadas, sempre com uma angulação de câmera como se fosse o próprio Stewart, de seu apartamento, que os estivesse visualizando. O mesmo ocorre quando Stewart passa a observar seus vizinhos através de sua própria câmera fotográfica. Além disto, "Janela Indiscreta" conta com um naipe de atuações excelente. James Stewart impressiona, demonstrando de forma explêndida as limitações que seu personagem sofre, suas reações perante os acontecimentos e ainda seu sarcasmo, principalmente no início do filme. Grace Kelly está belíssima, brilhando sempre que aparece em cena. E Thelma Ritter, a enfermeira Stella, também tem uma grande atuação, trazendo junto com Stewart algumas das melhores cenas do filme. Para completar, o roteiro ainda conta com excelentes diálogos, cheios de sarcasmo e questões sobre o voyeurismo. Um excelente filme, que se não for o melhor com certeza é um dos melhores da carreira de Hitchcock.

Esse filme é de fazer chorar de tão empolgante. Na minha opinião, esse é, ao lado de "Um corpo que cai", um dos melhores filmes de Hitchcock. O filme prova que não é necessário aliar violência aos filmes de suspense. Hitchcock magistralmente mostra como é possível criar um magnífico filme de suspense sem um pingo de violência (tá bom, tem aquela cena em que Jeff é quase morto jogado pela janela, mas pensem: em um filme atual, isso seria transformado em uma cena brutal). Ao invés disso, o filme usa como arma de suspense a incerteza, que pode levar as pessoas ao medo e à obsessão, o que é perfeitamente mostrado por Hitchcock. Quem nunca assistiu esse filme NUNCA vai saber o que é um filme de suspense com qualidade máxima em todos os seus aspectos.