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SERGIO LUIZ DOS SANTOS PRIOR
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293 críticas
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2,5
Enviada em 9 de fevereiro de 2012
O cinema canadense via de regra nos traz boas e agradáveis surpresas. A mais recente é este filme que acompanha por três décadas (60, 70 e 80) o personagem principal e narrador Zach (Émile Vallée quando Zach tem 6 anos e Marc-André Grondin quando Zach é adolescente). Nascido numa família católica canadense, sendo o quarto de cinco filhos homens e, principalmente, a data do seu aniversário, 25 de dezembro, são fatos fundamentais na vida de Zach. Por ter uma marca na nuca, sua mãe suspeitava que ele possuía poderes especiais de cura, fato que foi confirmado por uma vendedora de tupperwares. Seu pai não acreditava em tais poderes. Cada irmão tinha uma característica: o mais velho era o rebelde; outro era o intelectual e certinho; o terceiro era o atleta; o caçula só parava de ter cólicas quando Zach o tocava. Como o nosso narrador nasceu no dia de natal, ele tinha de ir à missa do Galo anualmente. E como qualquer outra criança ansiava por voltar para casa para abrir os presentes. Ainda mais pelo fato de que era o seu aniversário. Num de seus devaneios, Zach entediado pela missa, imagina a música "SYMPATHY FOR THE DEVIL" tocada na Igreja, com todos os fiéis fazendo o coro (uh, uh, uh), tal e qual a música dos Rolling Stones. Simplesmente genial. A utilização das músicas é o alicerce para o roteiro autobiográfico de François Boulay. A jornada de conhecimento da sexualidade de Zach é marcada pela figura de David Bowie, que tem a sua figura imitada, assim como sua música "SPACE ODDITY" cantada. Estamos, então, nos anos 70, quando o conjunto Pink Floyd lançou o LP "DARK SIDE OF THE MOON" e muita maconha foi consumida ao som do grupo. É exatamente nesse período que Zach percebe que a sua sexualidade diverge da de seus irmãos (em outras palavras, é homossexual), mas ele tenta abafá-la com um relacionamento com uma garota para não desagradar seus pais (principalmente seu pai que se orgulhava de sua masculinidade, pois teve só filhos homens e desejava que todos se tornassem Casanovas quando adultos). A ligação de Zach com a sua mãe sempre foi sólida e quando ele viaja para Jerusalem para se refazer de discussões com o seu pai, e acaba tendo um relacionamento homossexual numa boate local ao som de "FROM HERE TO ETERNITY", de Giorgio Moroder, um dos artífices da disco music, ele sente-se culpado, vai para uma região desértica e só não falece devido a ajuda de um árabe benévolo. Sua mãe sentiu-se mal quando Zach passava por maus bocados na região do solo sagrado. O final é edificante e não cai na armadilha dos clichês. Um filme saboroso. Deguste-o delicadamente!
Um filme que recomendo aos homofóbicos, para que percebam o porque de tanto ódio.. e para os gays para que constatem que o caminho da negaçao é o pior deles.. todos sofrem neste escolha..um filme muito alem dos fatos...vai para meus favoritos.. claro!
Retrata os conflitos familiares de um jovem homossexual, em especial com seu pai conservador, no Québec dos ano 60. Filme sensível e tocante, ao mesmo tempo divertido. Trilha sonora nota 10.
É impossivel assisti-lo e não se indentificar em pelo menos em uma cena, trata de forma sutil, delicada e verdadeira, sem apelos sensacionalistas que são a maioria do gênero.Todos os pais deveriam assistir para tentar compreender melhor o universo gay de um filho.
Produção canadense ambientada em Quebec nos anos 60/70 narra as vivencias do jovem Zachary, o 4° filho, de um casal católico conservador. Em meio as suas descobertas, dilemas e conflitos Zachary nos mostra a passagem da sua infância, adolescência até atingir maturidade sob um ponto de vista muito sensível e intimista. Trilha sonora de primeira qualidade que inclui: David Bowie, Rolling Stones, Pink Floyd, Charles Aznavour e Patsy Cline (com a linda música "Crazy").
Acredito que um filme não deva girar em torno de um problema só, e CRAZY é exatamente isto: ele nos mostra vários níveis de conflito, incluindo suas causas, motivações e consequências, não ficando restrito somente ao fato de Zac ser incompreendido por ter tenências homossexuais. Além de ser imageticamente impactante, com a recriação histórica impecável e roteiro que não deixa a peteca cair (exceto nos momentos de Jerusalém, mas pelo resultado final, está perdoado), C.R.A.Z.Y., ousa transpor a figura da super mãe (muito comum em filmes e na própria realidade) para o pai, que demonstra ser também a grande figura materna desta família tão particular. C.R.A.Z.Y. é muito crível mesmo nos seus momentos mais surreais e tem uma estética aconchegante, não é pesado e nem didático. Muito bom mesmo!
Sinceramente das músicas eu não conhecia a fundo. Agora eu por ser gay me identifiquei muito com vários momentos do filme e dos atores!. Sinceramente só sendo gay pra escrever esse roteiro, tem muitas cenas que aconteceram comigo na infância, adolescência e hoje em dia . Eu amei e recomendo, vai deixar você viajar mesmo .
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