Um filme sobre as várias formas de amor, de perda e de castigos/prisões.Um filme sobre as várias formas de amor, de perda, castigos e prisões. Embora se possa perceber pequenos truques para maior empatia com o público, é um bom filme, sentimental mas sem apelar para um sentimentalismo barato, sem fundamento. E é difícil não ficar tocado pelo jovem Dalai Lama.
Assistir Sete anos no Tibet é ver uma história completa, com risos, tragédias, personagens variados, uma trama repleta de emoções e, como se não bastasse tudo isso, produção de época e imagens belíssimas de paisagens orientais. Pode-se ver esse filme como um belo compilado do que muito agrada ver numa produção cinematográfica, ou pode-se apenas embarcar na história baseada em pessoas e situações reais — ambas maneiras são válidas e rendem uma boa sessão. Em outras palavras, é um filme que recomendo, embora possa parecer meramente um filme friamente calculado para obter resultados positivos.
Muito interessante o constante questionamento sobre o respeito (parcial ou ausente) a outras vidas, outras culturas e, num aspecto menos macro, outras classes e as pessoas de alguma forma próximas a você. No contraponto, tipos de covardia, abandono, orgulho desmedido e a falta de empatia. Assim completa-se o lado sentimental desse bom filme, que, a meu ver, não aprofunda-se mais que o necessário na filosofia budista, ou nas cenas de ação em escaladas — sendo, portanto, uma história bastante variada, mas ainda bem dosada.
Indico aos que desejam assistir um bom e leve drama (que pesa apenas em partes essenciais da trama), com doses de ação, comédia e as já citadas paisagens orientais, tanto naturais quanto da Cidade Proibida e arredores.