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    O Encouraçado Potemkin
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    4,2
    71 notas
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    8 Críticas do usuário

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    4 críticas
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    Ricardo
    Ricardo

    1 crítica Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 1 de março de 2024
    Onde encontrar na internet o filme completo ou pelo menos a seguencia da escada de Odessa? É uma cena semelhante ao que ocorreu agora em Gaza, com o exército de Israel metralhando quem estava esperando comida, matando mais de cem e ferindo centenas de palestinos indefesos.
    Leonardo A
    Leonardo A

    7 seguidores 180 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 12 de fevereiro de 2023
    Um espanto de técnica para a época. Uma cena antológica para a história do cinema (carrinho na escada). Fabuloso.
    Carlos Henrique S.
    Carlos Henrique S.

    13.129 seguidores 809 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 11 de setembro de 2021
    Incrível como é um filme onde tudo que havia sido trabalhado em "A Greve" é potencializado aqui, apesar de ser um filme onde apresenta uma visão bem mais otimista, Eisenstein se supera também na sua dramatização.

    "Morto Por Um Prato de Sopa", talvez seja uma das frases mais marcantes do longa, uma mera contestação ao desrespeito com o trabalhador, gera um ato de crueldade que concebe a revolta do proletariado. É um enredo tão basico, mas que Eisenstein intensifica sua forma pela sua montagem poderosa.

    O mais básico direito do trabalhador é negado pela burguesia, o ato de protestar e buscar seus direitos nesse filme é tão revigorante. Da retaliação do povo até sua catarse de libertação consolidada pela bandeira vermelha, Einsenstein trabalha a sua forma como ninguém, a montagem tonal e rítmica potencializa não apenas as revitalizantes cenas de Ascenção do povo, como também as tensas cenas de resposta imediata governamental.

    Em seu primeiro filme, existia uma brutalidade contra o povo inocente em que aperfeiçoava a dramaticidade das cenas, mas aqui ele eleva isso a um outro patamar. A cena da escadaria é extremamente angustiante e brutal e é quase uma reconstrução do massacre de "A Greve", o ritmo frenético e a alternância de planos altamente expressivos desenvolve um drama poderoso.

    Apesar de ser dramaticamente mais forte que "A Greve", "Encouraçado Potemkin" é mais otimista e um filme extremamente satisfatório pelo seu elemento catártico, o povo buscando sua voz frente as injustiças e alcançando sua liberdade tendo voz cativa é impagável.
    Mauricio Düppré de Abreu
    Mauricio Düppré de Abreu

    1 crítica Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 22 de julho de 2021
    O Filme O Encouraçado Potemkin (Bronenosets Potyomkin, 1925) do diretor letão Sergei M. Eisenstein (1896-1954), é um filme mudo que reconta a história ocorrida pela ótica dos então derrotados/ massacrados em 1905 e que foram vitoriosos mais de uma década depois na Revolução Russa de 1917.
    A insurgência ocorrida nos Mar Negro, próximo a cidade de Odessa, na Ucrânia dentro de um navio de guerra do Império Russo, o Encouraçado Potemkin. Seus marinheiros, cansados das humilhações e condições sub-humanas que eram sujeitos por seus superiores, deflagram um motim após se recusarem a comer carne podre.
    Na tentativa dos oficiais superiores em retomar o controle dos amotinados, fuzilando alguns marujos revoltosos, a tripulação liderada pelo carismático personagem Vakulinchuck, que ao não tolerar ver o eminente fuzilamento de alguns de seus camaradas, resolve agir e tomam o navio, após uma intensa luta em que o próprio Vakulinchuck é assassinado de forma covarde.
    Sua morte, o torna um mártir na cidade de Odessa, cuja população, de diferentes classes e religiões se comovem com a morte do herói “por um simples prato de sopa” e aderem ao motim dos embarcados no Potemkin.
    O filme é de uma beleza impar em suas imagens e sons sobrepostos de diferentes ângulos proporcionam em cenas realistas, ao qual nos sentimos dentro daquela angustia e que nos remetem a urgência para a ação contra a tirania dos Czar: Trabalhadores Uni-vos!
    Aos meus olhos a cena das embarcações a vela do povo de Odessa se solidarizando e aderindo ao motim dos marinheiros indo até ao Encouraçado levar mantimentos é um dos momentos mais bonitos e fraternos. Em contraponto, o marchar dos cossacos a serviço do Czar contra o povo que protestava na cidade, matando indiscriminadamente crianças, mulheres e homens, de diferentes idades e classes sociais é de uma violência tirânica que nos traz o impulso a se levantar contra esta injustiça e nos lembrar nos dias atuais de nossa passividade diante do massacre do dia a dia que vivemos em nossos país, nas aldeias, nas favelas, nas universidades, nos hospitais por um governo opressor e insensível as dores da maioria da população como a fome, o desemprego e o descaso com a pandemia de SARS-COV-2.
    Nesta sequência, o diretor realiza uma das cenas mais antológicas do cinema mundial: nas escadarias de Odessa um carrinho de bebê desce descontroladamente por entre os corpos da população massacrada pelo exército branco do Czar. Esta cena, de tão espetacular não envelhece, sendo uma referência eterna e que já recebeu muitas homenagens como a cena dirigida pelo cineasta norte americano Brian de Palma (1940) no filme estadunidense Os Intocáveis (1987).
    No mesmo ano do fato, em A Revolução Educa (1905), Lenine escreve que “Enquanto não for varrida a superestrutura velha e minada, cuja podridão contamina todo o povo, qualquer nova derrota dará origem a exércitos sempre renovados de combatentes.” (...)
    “Mas, enquanto a sociedade estiver edificada sobre a opressão e a exploração dos milhões de trabalhadores, são raros os que podem aproveitar diretamente das lições dessa experiência. As massas aprendem sobretudo pela sua própria experiência e pagam cada lição com sacrifícios terríveis. A lição de 9 de janeiro foi cruel, mas ganhou para a revolução o proletariado de toda a Rússia. A lição do levantamento de Odessa é cruel, mas, vindo somar-se a um estado de espírito já revolucionário, ensinará o proletariado revolucionário a vencer e não apenas a bater-se. O exército revolucionário foi batido, viva o exército revolucionário! eis o que dizemos depois dos acontecimentos de Odessa.”
    Um acontecimento bastante similar e na mesma década não desencadeou o mesmo despertar de uma revolução do proletariado em nossas terras como o que ocorreu na Rússia. A Revolta da Chibata de 1910, motim de marinheiros brasileiros que estavam em navios atracados na baía de Guanabara e se rebelaram e tomaram os navios após um dos marinheiros ser sentenciado ao castigo de 250 chibatadas a bordo. Este levante foi liderado por nosso heroico João Cândido, que recebeu a alcunha de Almirante Negro, e que tomou diversos navios da Armada Brasileira, sendo muitos Encouraçados.
    Após negociação com o Governo Brasileiro que aceitou as reivindicações dos marinheiros, como a substituição de oficiais, o aumento do soldo, o fim dos castigos físicos e o melhor tratamento na Marinha brasileira, os marinheiros revoltosos entregaram as embarcações para seus oficiais com a promessa de anistia, mas foram traídos dias depois pelo Governo e Marinha do Brasil que prendeu e torturou na Ilha das Cobras 22 líderes da revolta. Outros marujos foram fuzilados e muitos enviados ao Acre, onde foram obrigados a trabalhar nos seringais da região.
    Eisenstein parece homenagear além dos mártires do levante, como Vakulinchuck, seus irmãos marinheiros, o povo de Odessa que se levantou e foi massacrado em 1905, a Revolução Russa de 1917 e o próprio Vladimir Lenine (1870-1924) que faleceu meses antes da estreia do filme na União Soviética em dezembro de 1925. Ao líder da Revolução, o filme o celebra com textos de sua autoria, palavras de ordem, a bandeira rubra onipresente em meio a imagens monocromáticas e um final diferente ao ocorrido em 1905 com toda a armada russa se unindo aos insurgentes após uma sequência de tirar o folego com um som galopante e frenético trazendo à tona um iminente conflito entre irmãos.
    Alvino
    Alvino

    10 seguidores 21 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 18 de janeiro de 2016
    Peça tremendamente importante do quebra cabeças da linguagem cinematográfica que estava se construindo na época, o Encouraçado Potemkin é uma joia para a montagem. Cheio de cenas inesquecíveis e usadas como referência até hoje. Obrigado, Eisenstein!
    Silvio B
    Silvio B

    2 seguidores 5 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 8 de agosto de 2014
    spoiler: O Encouraçado Potemkin é apaixonante, está na minha memoria como Cidadão Kane. É a grande obra prima do cinema. Sua fotografia impecável. As tomadas de cena, especialmente a das escadarias filmadas de vários ângulos, a preparação do navio para a batalha, e o acompanhamento da velocidade do navio, engrenagens, instrumentos e a agua do mar sendo singrada pelo navio são estupendas. O desenvolvimento do argumento, uma premonição de 17 (?), a perfeição do entendimento da ação, como se voz houvesse são geniais. Poderia escrever uma página sobre essa brilhante e inspiradora obra para o cinema, nada, todavia, seria novidade diante da imensa literatura e crítica sobre o Potemkin. M[spoiler]
    e atrevi a escrever estas breves linhas, pela paixão pelo filme e pelo cinema, como se fosse um tributo pessoal à criação e a arte.[/spoiler]
    anônimo
    Um visitante
    4,0
    Enviada em 2 de julho de 2013
    Excelente filme, Serguei Eisenstein se supera em seu melhor filme e um dos melhores da história do cinema. Um filme com um enredo espetacular e efeitos especiais, principalmente pela época em que foi feito o filme em 1925, simplesmente fantásticos. O filme é um marco na montagem cinematográfica, sendo aclamado pela critica até os dias atuais. O filme é bom por si só, mas apenas uma ressalva na cena das escadas que é simplesmente épica e um marco no cinema!
    Flávio R.
    Flávio R.

    12 seguidores 1 crítica Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 4 de março de 2013
    "O Encouraçado Potemkin", filme de Sergei M. Eisenstein, não é somente um dos filmes mais importantes do cinema soviético, mas é também um filme de importância mundial na história do cinema. O filme de 1925, panfletário, revolucionou a linguagem audiovisual, principalmente no campo da montagem cinematográfica. Em sua premissa, o filme volta-se a um evento histórico ocorrido em 1905, a rebelião de marinheiros que sobreviviam em péssimas condições dentro de um navio, na Rússia czarista. O desenvolver desse motim desencadeará em uma revolta em toda a cidade de Odessa. Trata-se de um filme com alto teor ideológico que faz com que, as vezes, seja mal visto.
    O maior destaque do trabalho de Eisentein é a sua extrema valorização da montagem, tão minuciosamente trabalhada que implica na construção de uma nova realidade. Há uma perspicaz utilização de plongès e contra-plongès que dialoga com o público convidando-o para fazer parte daquela realidade. Essas imagens são combinas com precisas nuances rítmicas de sua trilha sonora, uma característica do cinema soviético, que valoriza muito o quesito montagem x áudio, atribuindo novos significados a cada plano.
    Uma de suas cenas clássicas, a Escadaria de Odessa, é famosa e exemplar, devido à sua complexa montagem. É tão clássica que gerou inúmeras homenagens, inclusive de Brian de Palma em seu "Os Intocáveis". A escolha do diretor por atores não profissionais deixa o filme com um aspecto documental, colocando o espectador como um aliado à revolução. Em suma, Eisenstein faz um trabalho inesquecível e fundamental para a sétima arte, e suas pesquisas sobre montagem são um legado que o cinema dificilmente irá superar. Na técnica o filme é primoroso, pena o tempo tenha o deixado um pouco cansativo, apesar de sua pequena duração.
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