Tudo Sobre Minha Mãe: Críticas - Página 2

Um ótimo filme, uma historia maravilhosa e sensivelmente linda e tocante, ótimas atuações, uma obra prima de Almodóvar.

A questão da mulher vem ao primeiro plano, não me vem a importância de serem histórias próximas ou não da realidade, mas da capacidade do diretor de criar um emaranhado que diz sobre o humano. A interpretação das atrizes são pontuais, na medida que o verdadeiro lado da história delas está oculto, distante de uma aparência óbvia e isso torna suas histórias ainda mais interessantes.
As atrizes se colocam também como atrizes, o teatro é o ponto fundamental de ligação do enredo, rodeado por mentiras absolatamente contadas na forma de verdades.

Um filme bizarro, por vezes emocionante, como vários outros do diretor Pedro Almodóvar, com boas atuações de Cecilia Roth e Marisa Paredes.

Polêmico, sensível e comovente, como todos de Almodóvar, entretanto com alguns exageros e sem uma conclusão moral.

Achei que o filme esta no melhor estilo de Almodóvar; muita dor, amor, apego, comoção; e totalmente fora do comum. Nessa obra ele usou o drama de várias mulheres diferentes somente para ilustrar como elas podem ser “lutadoras”. A frase que melhor representa o filme é “Nós, mulheres, somos mais tolerantes, mas isso é bom...(Penélope Cruz)”. Apesar de a atriz principal ser a mãe, Almodóvar utiliza-se de outros personagens para ilustrar todas as mulheres, desde a mulher mais velha e solteirona até um travesti.

Apesar de todos os pontos positivos, achei que várias passagens foram desnecessárias. No começo do filme, por exemplo, parece que Almodóvar vai abordar o tema de doação de órgãos como protagonista, sendo que isso não tem nenhuma relação com a mensagem do filme em si.

Outra coisa que não gostei foram os personagens. Achei que são demasiadamente excêntricos. O que quero dizer, é que para uma história baseada no drama da vida das mulheres, Almodóvar criou personagens muito atípicos que tomam atitudes que são fora do comum. Um exemplo: uma das mulheres é educada, ponderada e quer ir a El Salvador ajudar uma guerrilha, mas acaba dormindo com um travesti, engravida e pega AIDS. Esse tipo de atitude não corresponde com perfil do personagem. Há outros exemplos, mas que não vou mencionar, mas concluindo, são personagens irreais.

Sinceramente me decepcionou por ser um filme que ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro.

Já assisti esperando acompanhar um grande roteiro e uma história bem atuada e bem dirigida, de uma forma original como só Almodovar sabe.
Mas esse filme é ainda mais que tudo isso. É humano e sensivel ao extremo. Ele emociona.
Fala sobre as mulheres de várias formas, a delicadeza, determinação e força dosadas em diferentes quantidades nas personagens do filme. Manoela, Agrado, Huma e Rosa são grandes personagens, dispostas numa grande história.
Bela homenagem as mulheres com a sensiblidade,originalidade e polêmica. O cinema em sua melhor forma, recomendo .

...É impossível escrever sobre Almodóvar sem deixar de fazer uma reverência à sua genialidade e a sua sensibilidade em contar suas histórias. Almodóvar sabe, como poucos, mesclar dramas com um sorriso nos lábios e comédias com lágrimas nos olhos. Consegue esta mágica sem parecer pedante ou piegas e talvez por isto mesmo é explicito ao extremo em suas obras. Não deixa dúvidas e sombras pelos cantos. Não perdoa cínicas ou falsas aparências. Não se importa com a opinião alheia e conta-nos o que diz seu tumultuado coração e na sua lúcida cabeça.

O parágrafo acima talvez esteja parecendo um pouco como o samba do crioulo doido: Fala-fala-e-não-diz-nada-com-nada. Mas quem assistiu ao filme Tudo Sobre Minha Mãe dirigido pelo diretor espanhol sabe ao que estou me referindo. Aliás, todo o primeiro parágrafo se aplica à obra de Pedro Almodóvar, porque ele não faz concessões a ninguém. Nem a si próprio. Como toda obra almodovariana tem suas prostitutas, travestis, atores/atrizes, histórias paralelas que se cruzam e a capacidade de fazer legiões de fãs ou detratores do seu trabalho mundo a fora. Porque não existe meio-termo com Almodóvar: amor e ódio andam juntos quando nos referimos a este grande diretor.

Apesar do título, a história não é sobre a “mãe” de Almodóvar. É a história de Manuela (Cecilia Roth) uma mãe que doa o coração do filho morto num acidente de carro e assim procura resgatar suas lembranças, vivências e segredos não compartilhados. Ao encontrar a agenda escrita por seu filho, percebe que ele estava escrevendo memórias afetivas de seu relacionamento com a mãe e que tais memórias seriam colocadas em livro. As dúvidas que Esteban (Eloy Azorín) tinha sobre a verdadeira história e o destino de seu desaparecido pai é colocado de forma a levar sua mãe a fazer uma jornada em busca da sua própria verdade e a de seu filho.

No decorrer da história descobre-se o segredo: Esteban é filho de um travesti de mesmo nome que engravidou a freira Rosa (Penélope Cruz) que também deu ao filho o nome de Esteban. O destino coloca esta criança e esta mãe nos braços de Manuela, mulher sofredora que num gesto de amor e desprendimento adota esta criança para só então resgatar o sentimento e a emoção de criar um filho sem os segredos que tanto atormentaram sua existência.

Um filme sobre a vida de mulheres e de grandes interpretações de Antonia San Juan como travesti Agrado, Cecília Roth como Manuela e Marisa Paredes como Huma Rojo.
Meu blog: http://maisde140caracteres.wordpress.com

O melhor filme de Almodovar na minha humilde opinião. Triste, engraçado, comovente. Interpretaçõe soberbas de Cecília Roth, Maris Paredes e especialmente,Antônia San Juan que faz um travesti comovente.Eu amo essse filme e recomendo.

Para mim, o melhor de Almodóvar. Temas extravagantes, porém, reais.

Tudo sobre minha mãe:
Pedro Almodóvar sempre discute situações polêmicas e até mesmo problemáticas, é o caso desse filme maravilhoso, "Tudo Sobre Minha Mãe", onde ele não debate, apenas vai expondo e mostrando de forma nua e crua, os preconceitos da sociedade espanhola e mesmo mundial, como o homossexualismo, a Aids, a prostituição, etc. Um filme polêmico, de difícil digestão, mas sensível ao mostrar como uma mãe, que representa todas as mães do mundo, tem o seu amor pelo filho, que leva ela(s) a fazer(em) qualquer coisa pelo(s) seu(s) filho(s), pois o amor materno demonstrado pela mãe do título do filme, Manuela, é extremado, mas com acertos e erros na criação do seu filho, pois todos somos capazes de errar, até mesmo uma mãe, portanto, a busca que ela empreende para encontrar o pai biológico do filho, este acabara de falecer e deixou escrito antes de morrer que queria conhecer o pai, porém aquele é um travesti, que nem sabia da existência do filho, é explicada, pois mesmo com o filho morto, ela de certa forma quis realizar o desejo do filho, chamar o pai para a realidade e o desamparo que os deixou, mãe e filho. O filme mereceu ganhar o Oscar de melhor filme estrangeiro, pois é um filme genial, com um roteiro excelente (essa é a principal qualidade de Almodóvar) e Almodóvar, merecidamente, ganhou o Cannes de melhor diretor, pois a direção é qualquer coisa de notável!
Nota:10.