Um western real, uma despedida de um dos gêneros mais importantes da historia do cinema, o filme é sensacional e em minha opinião é um selamento, “Os imperdoáveis” tem um roteiro espetacular, genial, você se importa com cada personagem, você sabe tudo sobre eles, seus dramas, suas angustias, seus desejos e seus sonhos, tudo é muito profundo e bem retratado, e olha que o filme só tem 2 horas, as atuações são magnificas, poucas coisas são mais gratificante no cinema que ver o Clint Eastwood fazendo seu papel de homem sem nome (embora nesse filme ele tenha ganhado um nome), e Gene Hackman também está magnífico, a edição desse filme é ótima, principalmente na cena final, a mixagem de som absurdamente boa, a fotografia linda, a trilha sonora é boa, mas faltou aquele pintada de Ennio Morricone,Se você gosta de cinema, assista “os imperdoáveis”, se você gosta do gênero western, compre o DVD e assista toda semana.
: Eu raramente comento o filme dando spolier, mas a cena final pode realmente ser bem destoante do clima do filme, talvez Willian (Clint) tenha que ter morrido, mas matar o homem sem nome é como matar o Superman , Rocky ou o Batman. O personagem é um ícone, quase um super-herói, matar ele, seria como matar o próprio Clint, por isso o diretor(o próprio clint Eastwood) opta por uma redenção, não uma morte.
Outro ponto a ser comentado é ver um filme western a onde ninguém puxa a arma e mata 20 pessoas com o olho fechado, e sim um matador que não consegue matar, outro matador que nunca matou e tem problemas de visão e outro que tem visões da morte e mal consegue subir no cavalo, e um Xerife que diz amar a lei e odiar assassinos, espancando pessoas que julga serem criminosas, são cowboys reais, humanos, esse ponto de imperdoáveis é incrível.
E o drama pessoal do personagem vivido pelo Clint Eastwood é um contraponto com seu personagem do passado, que matava, roubava, só via o dinheiro, ele tenta se redimir do passado e quase 30 anos depois, o homem sem nome se despede.