Para construir um filme que prende a atenção, causa medo, sem susto, sem filmagens escuras, sangue, cores dramáticas, foi preciso caprichar.
O filme é para parecer um romance. Na abertura, aquela paisagem urbana clássica, alguns acordes de suspense, e uma cantiga de ninar. Os créditos iniciais em letras românticas em cor de rosa.
Um casal apaixonado, divertido e atraente procurando um apartamento.
No desenvolvimento da história, o casal decide ter um bebê, e a mãe fica enciumada com os vizinhos idosos que conseguem conquistar seu marido.
A cor amarela que é predominante nas cenas, é uma cor essencialmente alegre. Não existem tomadas que causem suspense ou susto, e até mesmo os vilões são excentricos, divertidos como personagens de comédia.
È crucial entender que cada personagem desenvolve no filme um choque na personalidade.
Primeiro, o ambicioso ator que tenta agradar a esposa com um apartamento mais caro, fica obcecado por sua carreira ao ponto de sacrificar seu bebê e ignorar a esposa. Ao entender o poder dos bruxos, e conseguir um papel, ele passa a conduzir com suas habilidades de atuação Rosemary para o ritual.
Achei relevante a cultura machista da época retratada no filme, aonde a esposa ficava em casa em uma vida bastante tediosa em que o ponto alto era encontrar o marido e agradar a ele e ser ignorada.
Os idosos vizinhos se passam por inconvenientes atenciosos, que para driblar a vida tediosa, assumem figuras paternais a jovens, assim como fizeram com a moça que encontraram na rua drogada.