Ganhando o Oscar de melhor filme na primeira cerimônia feita em 1929, talvez já demonstrasse o real propósito desta premiação: o de consagrar filmes épicos, de guerra com certo drama ou históricos. Não acho que da safra de 1927 e 1928, este seja o melhor filme feito, principalmente no quesito dramaturgia, pois a trama aqui é muito simples e extremamente boba, onde o clímax não gera nenhuma tensão ou surpresa. As atuações também são medianas destacando apenas Clara Bow com sua belíssima expressão e diversificada demonstração de sentimentos. O que tem de bom no filme é o que o fez ganhar outro Oscar, a parte técnica: fotografia, efeitos especiais. Isso sim, comparando a outros filmes de guerra da época foi muito bem feito, usando de recursos até curiosos para o período. A edição torna o filme longo e cansativo pois as tomadas são privilegiando principalmente as cenas de voo e luta, que num filme mudo acaba ficando enjoativo pela repetição.