Duas amigas cansadas do cotidiano resolvem se unir e botar o pé na estrada, fugindo de suas vidas normais e chatas. Mas durante a viagem, uma delas mata um homem e as duas se tornam alvos da polícia americana.
Embora com roteiro e direção bem menos louváveis na minha opinião, Terra Fria (North Country, 2005) também pode ser classificado como um filme "feminista". Talvez por ter sido produzido visando mais o caráter comercial do cinema, ele é apresentado de uma maneira mais "atraente", digamos. Por isso, foi bastante visto. O que já é ótimo, num cenário onde a temática feminista é praticamente nula, e quando existente, pouco apreciada.
Como admiradora fervorosa de T&L, não ouso compará-los, claro. Mesmo porque, apesar das falhas, Ridley Scott não deixa seu nome ser usado em vão no quesito direção.
O roteiro é infalível e, com certeza, fator predominante para o sucesso do longa.
Concordo com o final, mas sou obrigada a confessar que torci para que tivesse sido um happy end.. (marcas deixadas pelo excesso de hollywoodianos Sessão da Tarde!)
Bom, vou parando o comentário por aqui, mesmo porque, só vim pra tietar seu blog. hehehe
Adoro seus posts. Meu irmão me mostrou o blog num belo dia de inspiração e depois disso faço visitas regulares.
Parabéns!!!
Puxa, Lola, justo a cena do caminhão, a melhor de todas!!!!!! Revejo sempre que estou puta. Na primeira vez que assisti achei q elas iam matar o cara, aí achei pesado demais... quando percebi que elas só queriam explodir o caminhão, achei tão sutil! ahhahahah
Tb acho a cena do rastafári nada a ver, mas dá pra ver como um deboche à força policial, que reprime, e talz. Mas é meio descontextualizado, mesmo.
Mas olha, tá pra nascer um filme tão feminista como T&L, mesmo.
Gostei da análise, mas vejo com outros olhos a cena do caminhão. Ela e exagerada de proposito, o resultado final de um processo de inversão de gêneros em dois sentidos: O masculino/feminino e dos filmes hollywoodianos. Mais importante que o suposto realismo que o filme poderia proporcionar é a crítica à sociedade americana e o próprio cinema emposta por Scott, ainda marcado pelo machismo.
Crítica expostas nos cenários que compõem o road movie, que evoca a construção do sonho americano, a sensação de liberdade presentes nos cenários que marcariam os filmes de Jonh Ford. E nos “acessórios” associados as personagens o Carro no caso de Lousie, que evoca a possibilidade de liberdade, de poder ir onde deseja e o revolver de Thelma que evoca sua emancipação.
A cena de caminhão é portanto um ótimo exemplo da transgressão de gêneros e da crítica citada. Uma grande homenagem aos Wester norte americanos, agora protagonizados por duas mulheres, presentes nos ângulos escolhidos, cenário, roupas remetem aos clássicos do gênero. Utilizando o “exagero” como a cartasse aos expectadores e um breve alento ao trágico destino que aguarda as personagens.
Contribuindo muito, para um dos raros filmes que as mulheres sem para explorar o Oeste, enquanto os homens as esperam ansiosas em suas casas.