Iniciamos pela seguinte sentença: este é um filme sobre o Amor. Porém não se engane, tal sentimento não será tratado de forma meiga ou romântica, mas sim de uma maneira crua, intensa e em certa proporção angustiante, capaz de deixar marcar indeléveis nos personagens que o experimentam.
O filme transcorre, na sua maior parte, dentro de um banheiro localizado no apartamento onde está ocorrendo a festa de despedida da personagem título (interpretada por Jessica Biel), neste local (Chris Evans), ex-namorado de London, e Jason Stathan, encarnando um personagem completamente fora de seu estereótipo de protagonista em filmes de ação, se entregam ao álcool e a drogas mais “pesadas”, a consequência desse coquetel, somado aos traumas emocionais da dupla, contemplam o espectador com uma profusão de diálogos existenciais e sobre conceitos metafísicos, que nos levam a entrar nessa atmosfera caótica, emocionalmente, vividas por eles. Se por um lado os diálogos são quase filosóficos ou outros duramente explícitos, por outro alguns são bastante dispensáveis por sua falta de factibilidade.
A relação entre o casal principal nos é apresentado através de flashback, intercalando os diálogos ocorridos no banheiro, neles podemos ver a deterioração desse relacionamento, onde a paixão não é capaz de servir como égide para protege-lo do desgaste provocado pelas diferenças de opinião entre os namorados e pela incapacidade, do polo masculino desta relação, em explicitar seus sentimentos.
Esse filme não busca o “felizes para sempre”, mas sim, apresentar um relacionamento como algo que possui seu ciclo de existência, o qual pode ser estendido ou diminuído, conforme as escolhas feitas pelos componentes deste. Sob este prisma a história vale a apena ser vista e revista.