“O Herege” havia sido tamanho desastre que uma sequência digna viria apenas 17 anos após o clássico original. Porém, pode-se dizer que a espera foi bem recompensada, visto que “O Exorcista III” é um filme extremamente bem dirigido, com performances de tirar o fôlego e um roteiro que não ofende o filme de 1973.
Apesar de ser o primeiro e único trabalho na direção de William Peter Blatty, o também roteirista do original faz um excelente trabalho atrás das câmeras. Trazendo uma história competente e muito mais “aceitável” que a de “O Herege”, o cineasta soube aproveitar tomadas longas para criar poucos, mas efetivos sustos que irão tirar o espectador da cadeira.
E William também assina no roteiro, que apesar de inicialmente não mostrar como este se encaixa na mitologia da franquia, o desenrolar da trama responde dúvidas e trás uma história interessante do início ao fim.
Isso tudo sem falar no excelente trabalho de atuações. São nomes tão marcantes quanto do clássico original. Obviamente, não temos a presença de Linda Blair, mas essa é substituída pelo protagonismo de George C. Scott, magnífico no papel que lhe foi imposto. Outro nome de destaque especial cabe pelo lendário Brad Dourif, que protagoniza as cenas mais intensas e bem atuadas da produção.
No geral, é um filme digno do nome “O Exorcista”, que não ofende o clássico de 73 em nenhuma característica, abordando uma trama nova, original e eficaz, com a ajuda de uma direção bem executada e atores refinados que dão o melhor de si em tela.