Viagem Maldita: Críticas

Sem dúvida, "Viagem Maldita" é muito bom filme de terror, conseguindo abranger os elementos essenciais do gênero: a escuridão da noite, as vozes sombrias que cantam no deserto, o silêncio misterioso que aflige nas colinas e os assassinatos repentinos e cruéis. Enfim, trata-se de um filme assustador, amedrontador e perturbador. É o típico enredo que cria um ambiente imprevisível, que pode assustar a qualquer hora. É um prato cheio para os amantes do horror.

Filme de terror mesmo em todos os sentidos,pela historia ruim,os seres escrotos e o final uma merda que ainda tem continuação.

Ótimo filme de terror pra quem gosta de teorias da conspiração. Outro argumento legal é que em vez de um grupo de amigos, os protagonistas são uma família clássica americana, o pai republicano, a mãe religiosa, o filho nerd, a filha rebelde, a filha certinha, o genro fresco, o bebê e dois cães. Também vale ressaltar que foi uma das poucas vezes em que u. cão é protagonista em um filme de terror.

Faz muito tempo que assisti, lembro que é um terror bem impactante, com muitos sustos e mortes. Recomendo.

A história em si não tem nada de novo, mas é um filme muito intenso, e cheio de violência. Muito bom.

O Preço do Passado

A obra de Wes Craven lançada em 77 já propunha uma crítica aquela sociedade americana da década de 70, os monstros eram apenas produtos de um país que criava-os. Nesse remake, é interessante notar como ele impulsiona esse comentário. Maior e mais brutal, a obra de Alexandre Aja continua na mesma proposta daquele filme de Craven que parece ainda ter vigor nos dias de hoje.

Logo naquelas primeiras cenas, Alexandre intercala uma imagem digna de um programa matinal para a família americana com os testes nucleares e imagens grotescas de humanos deformados pelas ações irresponsáveis governamentais. Em seguida ele parte ao seu cenário seco e sujo que permanecerá durante o seu filme. Uma mise en scène composta de uma secura na imensidão do deserto, um lugar hostil rodeado por cercas velhas e tortas e um posto velho. Um lugar esquecido, um lugar sórdido e distante dos parâmetros americanos, um lugar esquecido.

No meio desse cenário, uma família tradicional americana atravessa o deserto sem saber o que os espera. O pai, um típico exemplo de patriarca conservador americano, possui armas e um ímpeto masculino, já seu genro que busca sua aprovação é um Democrata e não acredita em armas - O que será completamente desconstruído aos poucos - E ali começa a jornada incessante pela sobrevivência. Nessa nova versão, Aja não está interessado na família dos disformes e sim na destruição daquele tradicionalismo conservador com boas doses de sangue e uma violência mais chocante e gráfica que já existia no original, mas que é elevado nesse Remake, cabeças estouram, estupro acontecem e membros arrancados fazem parte do cenário de destruição.

A bandeira americana como objeto de resposta ao seu oponente cai perfeitamente na época em que o filme foi lançado. Naquela época a presidência americana era do Bush filho, responsável por inúmeras atitudes controversas e sua “Doutrina Bush”. Os deformados - Que jamais são tratados com inocência - Se apresentam como vítimas do governo, e expõe sua brutalidade como resposta aos atos irresponsáveis americanos. A bandeira americana cravada na cabeça de um determinado personagem é o puro simbolismo de um anúncio para a guerra, o filme ganha um contorno não só de sobrevivência, mas também como uma marcha de retaliação contra aqueles que causaram tantos estragos.

O caminho que aqueles familiares percorrem agora, parece se adequar à uma busca de expurgação do seu ódio. O patriarca acaba morto sendo queimado na cruz e nem mesmo seu armamento é capaz de mantê-lo vivo. Enquanto aquele que defendia o não uso de armas, entra em uma caminhada rumo à “Americanização”, primeiramente matando sem qualquer tipo de arma de fogo e devolvendo na mesma moeda ao cravar a mesma bandeira na cabeça dos canibais, e apenas na última morte se rendendo ao armamento - Visto como ineficaz tendo em vista a não morte do selvagem - Por fim, resta apenas resolver na mesma moeda o mal criado pelo próprio governo, mesmo que na última cena fique bem claro que este mal ainda existirá.

Filme sobre família que decide atravessar o deserto americano de trailer, mas acaba encontrando uma mina abandonada onde devido a testes nucleares as famílias de mineiros passaram por mutação genética e se tornaram antropófagos, atacando os viajantes. Boas sequências e muito, muito sangue. Final pouco promissor para as vítimas.

É um pouco assustador, confesso. Mas sei lá, não me agradou totalmente, filmes de terror é muito difícil ter um final bom, mas é legalzinho esse.

Um dos melhores filmes de terror que já vi. E uma das melhores refilmagens de todos os tempos. Viagem maldita tem vários méritos, a produção é espetacular, os atores estão muito bem e fazem personagens que facilmente cativam, sejam pelos arcos de seus personagens ou pelo senso de família do filme, que é muito sincero e convincente. O roteiro é simples,mas muito bem trabalhado, pois a crescente do caos e do terror vai tornando o filme imersivo, e tudo isso é ainda mais reforçado pela música do filme, que gera um senso de urgência e perigo, e quando o filme chega no clímax é algo inacreditável. O terror e o gore do filme, os efeitos práticos, tudo são um deleite aos olhos. Um excelente remake,um um excelente filme.

Otimo remake, sem causar descepções, filme que retornou o horror do cinema e causou sustos, nota 9