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Silvestre!
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5,0
Enviada em 6 de janeiro de 2014
A realidade na sua manifestação mais desnuda possível... Não há limites para se explorar as entranhas da luxúria e escárnio humano para Claudio Assis... Por isso que esse filme abre as portas para as outras baluartes cinematográficas que a sucedem! Ovações de pé ao diretor e irretocável elenco... Recomendadíssimo!!!
Passei o filme todo esperando algo acontecer com os personagens, mas tudo foi em vão, pois nada aconteceu... O filme não tem enredo, nem sei em qual gênero eu o enquadraria, pois passa apenas o cotidiano (alguns bem doidos) de várias pessoas. Apesar do bom elenco e boa atuação, é MUITO FRACO esse filme!
O filme é um subproduto daquela idéia tosca de que expor a miséria é sinônimo de arte. Não há enredo, não há saídas e os personagens não saem do caricatural. Uma espécie de naturalismo tardio, tão ruim que até o Mateus Nachtergaele atua mal. Chato, chato e chato.
Filme para quem gosta de realidades cruas retratadas de forma bastante simples e precisa... com boas atuações, principalmente, do Matheus Nachtergaele e Dira Paes.
Muito bom filme. "Amarelo Manga" consegue algo que é bastante difícil no cinema: apresentar um painel interessante de personagens que interagem entre si de forma a que não haja um único protagonista mas sim vários, que narram suas subtramas no decorrer do próprio filme. Neste sentido não é exagero compará-lo com "Short Cuts" ou "Magnólia", filmes que também seguem este estilo. A diferença primordial é que "Amarelo Manga" possui características peculiares do povo brasileiro, com tiradas que possuem um pouco de filosofia de botequim e ao mesmo tempo expressam o pensamento coletivo da sociedade nacional. Isso sem falar nos próprios personagens que são focados no filme, totalmente marginalizados do restante da sociedade. Como não há protagonistas e sim diversos coadjuvantes, vários são os atores com espaço para brilhar em cena. Quem se sai melhor são Matheus Nachtergaele e Chico Diaz, que também possuem um pouco mais de espaço na trama. Leona Cavalli, como a dona do bar, também se sai bem ao caracterizar uma mulher cansada do cotidiano cheio de problemas e tentando encontrar forças para seguir em frente sem entrar no completo desespero. Além disso o roteiro é muito bem costurado, apresentando aos poucos todos os personagens e interligando-os até seu clímax final. Porém, vale um aviso: "Amarelo Manga" é um filme de cenas fortes, como a morte "ao vivo e sem cortes" de um boi. Se você não tem estômago fraco, vale a pena assisti-lo.
Sim, Amarelo Manga é um filme que choca. Começa de maneira peculiar e peculiar é a maneira como a trama se transcorre perante os olhos do espectador. Personagens comuns, talvez comuns demais para o nosso gosto, aparecem e pipocam a trama com seus medos, paixões, desejos e horrores. Mas o filme poderia ter tido o mérito de nos poupar (ou aliviar) de certos abusos do diretor. Um filme que eu não recomendo. Apesar das boas atuações dos atores principais. Mas o filme não decola, só quer chocar e mostrar uma crueldade crua.
É um soco no estômago. Ou seria no saco mesmo? Os seres humanos perfilados no filme de estréia do diretor pernambucano Claudio Assis formam um verdadeiro painel sociológico. Não significa, é importante que se frise, que o filme tenha uma pecha ideológica. Em momento algum, felizmente, o roteiro tenta olhar os personagens num prisma leninista-trotskista. O mosaico de tramas pararelas que confluem no final para uma única, semelhante a vários filmes de Robert Altman, numa Recife classe média baixa, é o que vemos no filme. Num espaço de 24 horas, a dona de um boteco (Leana Cavalli), um trabalhador de um abatedouro (Chico Dias), um cozinheiro de hotel fuleiro (Matheus Nachtergaele) e um necrófilo sado-masoquista (Jonas Bloch) terão suas vidas interligadas. A dona do boteco sonha com o príncipe encantado e só lida com um bando de bêbados no seu trabalho. O trabalhador do abatedouro respeita sua esposa que é crente (Dira Paes), porém tem um caso amoroso extra-conjugal. A esposa deste que é uma crente de carteirinha, ao saber da traição do marido, solta os seus demônios na cama com o necrófilo. O filme aponta para uma crise de valores que já de algum tempo invadiu a nossa sociedade. É um filme-denúncia não ideológico. Mostra as nossas chagas sem anestesia alguma. É uma cacetada. Fiquei reparando no desconforto vertiginoso que algumas das pessoas que estavam na mesma sessão que eu demonstravam a cada cena "forte". Eis um roteiro que Nelson Rodrigues assinaria se ainda estivesse vivo.
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