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leonardo
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69 críticas
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0,5
Enviada em 9 de fevereiro de 2012
Confuso! Sem graça! Dá vontade de vomitar, umas 20 vezes. Dá vontade de morrer, umas 10 vezes. Morrer não. Mas, matar quem fez o filme que me fez gastar dinheiro com ingresso no cinema.
Um bom filme que vale a pena ser conferido, até por respeito ao trabalho de Park Chan-wook. Mas é quase inevitável fazer a comparação com os outros anteriores da trilogia, mesmo não tendo conexão histórica, tendo em comum só o tema. “Lady Vingança” tem um excelente enredo, porém, quem já viu os primeiros da revanche, sentirá falta de um ingrediente de muita importância. Os anteriores, mormente “Old Boy”, acertarem em cheio no dinamismo, prendendo a atenção e não deixando cair na monotonia, “Lady Vingança” parece não usar esse recurso, sei que parece engraçado, mas tinha a sensação que estava vendo um filme com clima pós-guerra, um drama de passos lentos, não que seja chato, entretanto, a sedução (embora feminina) fica bem aquém. Em minha opinião, nesse filme só faltou mesmo o dinamismo, pois o restante é excelente. Aí faço a pergunta: Por que “Lady Vingança” ficou tão distinto dos outros da trilogia? Seria a vingança feminina? Que elas agiriam de maneira menos brutal e ao mesmo tempo mais doce, com mais rosas, com mais sensibilidade? Ficaria menos realista se criasse a imagem de mulher brutal, monstruosa, feia ou aquela que nunca perde a beleza e paradoxalmente destruída por dentro? Como seria se fosse uma “Old Girl”? Faltou “Old Girl” em “Lady Vingança”.
Lady Vingança é o terceiro filme de Chan-wook Park sobre... adivinha? Claro, a vingança, esse ato que já virou tema de filmes excelentes -- Kill Bill Vol 1 e 2, Old Boy, do próprio Chan-wook -- e outros igualmente admiráveis -- Mr. Vingança, primeiro do Chan-wook, Lady Snowblood, inspiração do Tarantino para Kill Bill. Tão ou mais estilizado que Old Boy, sua obra mais conhecida no ocidente, a narrativa de Lady Vingança possui a beleza da fluidez incessante e dos recortes cartunescos, mas ao mesmo tempo traz uma certa petulância em ser excessivamente complexo apenas pela capacidade de ser (o famoso "porque sim").
Se você analisar friamente o roteiro, não faz muito sentido e tem muitos furos, entretanto a vingança é sensacional, ganhando contornos cômicos, sádicos e interessantíssimos… Conduzido com inteligência e criatividade magistral, que nos leva para dentro dos devaneios de Lee Geum-Ja e sua bipolaridade… A parte das crianças foi cruel, a reunião de pais adoravelmente vingativa… Surpreendente, inovador, cativante, sangrento e pesado, contudo amortizado pelo tom satírico… Maravilhoso Coreano…
O filme não é para os de estômago fraco. Mas quem já está acostumado com as produções orientais mais recentes, está em casa. O diretor Park Chon-Wook cursou filosofia na universidade e sua qualificação se faz refletir nas suas obras. Assim como em OldBoy o roteiro flerta bastante com a transformação que ocorre de um personagem, até então uma pessoa comum para algo muito mais além(cabe ao espectador julgar se esse "além" veio para mudar para melhor ou para pior. Lembrando que o próprio longa não faz distinções entre "bem" e "mal"). Transformações provocadas pela escuridão do ser humano que se propaga principalmente para os inocentes, os corrompendo e transformando-os em seu produto de origem. É esse fato que pode chocar algumas pessoas ao assistirem, ainda mais aquelas que só conhecem o cinema do Ocidente aliado à descoberta de que pessoas "normais" são os piores demônios da sociedade, e desses o mundo tem de montão.
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