A obra aborda uma jovem professora idealista que terá um choque de realidade ao chegar a uma escola de bairro pobre inundada por preconceito e violência. Desse modo, Erin terá que enfrentar alguns obstáculos para motivar seus alunos a aprender, pois eles se mostram rebeldes e perdidos em meio a tanta tensão racial, falta de incentivo e desvalorização cultural. Para isso, a professora decide renunciar aos métodos tradicionais e põe em prática outras vertentes, mesmo que tenha que enfrentar os Gestores de educação, que não acreditam no potencial nem na possibilidade de os desiguais conviverem harmoniosamente.
Dito isso, existe a retratação da crise diária de uma sala de aula com alunos de diversas etnias que não conseguem interagir uns com os outros, assim, ficam reclusos ao seu próprio universo. Nesse sentido, somente um professor capaz de valorizar a vivência anterior de cada aluno conseguirá resolver as adversidades presente nessa sala, ou seja, Erin, tem que criar um vínculo com esse grupo de garotos, então, propõe que eles escrevam suas histórias em um diário, no qual, todos poderão refletir sobre suas vidas e ela conhecê-los de forma mais profunda, sem se ater a opiniões preconceituosas dos demais colegas de trabalho.
No geral é um bom filme, não só pelos fatos que traz sobre a integração educacional e valorização das identidades culturais dos alunos, mas também por retratar as situações das escolas e a relações entre professores e as instituições de educação. No entanto, embora o filme traga uma perspectiva crítica, ela não tem muita profundidade na história, onde tudo passa de forma rápida e conveniente. Logo, não há um equilíbrio satisfatório entre a trama e o desenvolvimento dos personagens, já que pecam pela quantidade demasiadamente grande, que retira o foco da ideia geral.