Minha conta
    Cinema, Aspirinas e Urubus
    Média
    4,0
    96 notas
    Você assistiu Cinema, Aspirinas e Urubus ?

    11 Críticas do usuário

    5
    1 crítica
    4
    7 críticas
    3
    0 crítica
    2
    2 críticas
    1
    1 crítica
    0
    0 crítica
    Organizar por
    Críticas mais úteis Críticas mais recentes Por usuários que mais publicaram críticas Por usuários com mais seguidores
    SERGIO LUIZ DOS SANTOS PRIOR
    SERGIO LUIZ DOS SANTOS PRIOR

    1.542 seguidores 293 críticas Seguir usuário

    2,0
    Enviada em 9 de fevereiro de 2012
    A cena inicial é reveladora. Uma luz estourada e que incomoda os olhos do espectador toma conta da tela. Pouco a pouco vai se definindo o rosto do motorista, Johnann (Peter Ketnath), no retrovisor. A aridez do sertão nordestino não teve uma tradução tão perfeita para a telona desde "VIDAS SECAS", de Nelson Pereira dos Santos. O alemão Johann fugiu da Alemanha em função da segunda grande guerra mundial. O ano é 1942. Seu trabalho é viajar de vilarejo em vilarejo divulgando as qualidades da aspirina para a população do nordeste. Johann exibe um filme propaganda nas praças das cidades que visita. Como diz o teutônico nômade, até quem não padece de dor alguma inventa alguma queixa para tomar uma aspirina. O alemão encontra-se com Ranulpho (João Miguel) numa de suas jornadas pelo sertão nordestino. A colisão entre as duas culturas totalmente diversas vêm à tona. O nordestino pobre, arguto e que anseia por vencer na cidade grande, Rio de Janeiro, e o alemão pacifista que sente-se bem quando está com o pé-na-estrada. Johann contrata os serviços de Ranulpho para ajudá-lo na venda e divulgação da aspirina. Os dois estabelecem uma amizade que ganha contornos épicos quando o alemão é picado por uma cobra, e é cuidado por dois dias a fio por Ranulpho. A dupla bebe e vai para o bordel junta. Quando o Brasil declara guerra à Alemanha, Johann percebe que sua chance é ir para a Amazônia "tentar a vida", pelo menos até a guerra terminar. Ranulpho, por sua vez, vai atrás do seu destino no sudeste brasileiro. As duas culturas convivem de forma pacífica. Não há superioridade de uma sobre a outra. A estréia de Marcelo Gomes na direção é promissora. A atuação de João Miguel como Ranulpho é brilhante. "CINEMA, ASPIRINAS E URUBUS" revigora a possibilidade da solidariedade entre seres humanos de culturas tão díspares.
    Quer ver mais críticas?
    • As últimas críticas do AdoroCinema
    • Melhores filmes
    • Melhores filmes de acordo a imprensa
    Back to Top