“Bastardos Inglórios” é o sexto filme do extremamente cultuado Quentin Tarantino, apesar de ser supervalorizado, Tarantino é um espetacular diretor de cinema, e sua sexta película não me deixa mentir. Temos aqui uma releitura da segunda guerra alá Tarantino, a onde os nazistas são caçados, primeiramente eu gostaria de falar dos primeiros 20 minutos desse filme que são fabulosos, sim, a primeira cena dura 20 minutos, é longa, eu sei, mas ela não enjoa, muito pelo contrario, você se delicia com cada segundo dela, muito pelo trabalho de atuação de Christoph Waltz, que está completamente espetacular no filme, roubando completamente a cena do Brad Pitt no filme, a trilha sonora não apenas dessa cena, mas de todo filme é espetacular, realmente, em termos de trilha sonora, Tarantino é único. A fotografia do filme é realmente inacreditável, mas dessa primeira cena é algo surreal, tem uma paleta de cores com muito preto, cinza, branco, mas tem um vermelho forte, ela é muito balanceada, é realmente lindo, todos os méritos aqui para Robert Richardson e Sally Menke , sem contar os ângulos de câmera, parece que a câmera nos filmes do Tarantino está exatamente posicionada no lugar que deveria estar. Bom, já falamos de atuações, já falamos de fotografia, e já falamos de trilha sonora, vamos para o ponto forte de Quentin, o roteiro, o roteiro é ótimo, um pouquinho confuso, e com algumas cenas alongadas demais (como a taberna), e não tem muito daqueles diálogos característicos de Quentin (á não ser pela cena inicial), mas é um roteiro bom, que conta uma historia de vingança a níveis globais, e cria um personagem que já está na historia do cinema contemporâneo, Hans Landa, que fala francês, italiano, alemão e inglês e deixa eu inimigos apavorados, com um pintada de humor, humor esse que é muito bem aplicado no filme. Quentin termina o filme com a frase “Essa foi minha obra prima” eu discordo dele, Bastardos Inglórios não entre nem no top 3 Tarantino pra mim, mas sem duvida é um ótimo filme.