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    Boa Noite e Boa Sorte
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    Victor V.
    Victor V.

    16 seguidores 1 crítica Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 15 de janeiro de 2013
    O pós segunda guerra mundial não foi um período tão tranquilo para o povo americano. Com a aplicação do Plano Marshall e as duas potências mundiais dividindo a Alemanha ao meio, teve início o embate ideológico mais importante da modernidade. Na Guerra Fria, o que imperou durante longos anos foi o clima de instabilidade política externa e interna que tomou conta de diversos países, incluindo os Estados Unidos, como podemos ver no filme “Boa Noite e Boa Sorte”, dirigido, produzido e estrelado por George Clooney.

    No fim da década de 40 e meados da década de 50, os Estados Unidos viveram um período de forte repressão política chamado macartismo, onde o desrespeito aos direitos civis se tornou a principal arma do senador Joseph McCarthy para lutar contra a ameaça comunista, que pairava sobre a cabeça da política norte-americana.

    O filme retrata a luta do jornalista Edward Murrow, da rede de televisão CBS, contra as atrocidades éticas cometidas por McCarthy em nome da proteção da integridade do sistema político e econômico do Estado americano. Murrow, interpretado por David Strathaim, é até hoje considerado como o principal opositor do senador. Foram suas denúncias que levaram McCarthy a sofrer uma moção pública e acabar perdendo prestígio dentro do Senado.

    Para efeito de imersão do espectador e ambientação da época, Clooney e o diretor de fotografia, Robert Elswit, optaram por filmar em preto e branco, revelando um interesse autêntico pelo lado artístico da obra, já que tal estética não tem tanto apelo com o grande público. Ainda, por optar pela filmagem em preto e branco, puderam utilizar filmagens reais dos discursos de Joseph McCarthy, o que concedeu ao longa muito mais autenticidade.

    Aliás, é provável que a estética tenha importância e significado ainda maiores no que diz respeito ao que é proposto durante o longa. Ao homenagear a estética Noir, com o alto contraste, as luzes e os protagonistas, Clooney faz uma referência direta à situação da sociedade americana durante o macartismo. O jornalista Murrow é, nesse contexto, a personificação da justiça sempre presente nos filmes Noir, com seu espírito implacável e personalidade moralmente ambígua - exposta quando ele nega ajuda ao amigo e companheiro de emissora. Além do jornalista; a utilização de cenários noturnos, os cigarros, a corrupção de McCarthy, a alienação da sociedade - demonstrada na cena em que o diretor da CBS se refere à audiência como perseguidora do entretenimento frívolo - e até a presença da figura da Femme fatale, representada por Shirley Wershba, reforçam as características Noir desse filme.

    Fazendo isso, Clooney reafirma a estética como símbolo. Utilizando-a não só para dar ao filme uma atmosfera densa, de total imersão, mas também para representar a dualidade do Noir como ficção e realidade política e social americana da época.
    Carlos P.
    Carlos P.

    221 seguidores 362 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 24 de março de 2017
    Strathairn esteve magnífico como Eduard Murrow, um jornalista, cuja frase final do seu noticiário dá origem a esse filme. É uma história que trata de um período culturalmente sombrio para os EUA, onde queriam tanto evitar o comunismo que começaram uma caça desenfreada a todo mundo que "poderia" ter relação com o mesmo. Eduard Murrow é um jornalista que combate essa "Caça às Bruxas". Talvez não seja uma história significativa para os brasileiros, mas é muito bem contada nesse roteiro.
    Ricardo L.
    Ricardo L.

    59.598 seguidores 2.776 críticas Seguir usuário

    2,0
    Enviada em 18 de setembro de 2014
    Um filme Burocrático e Vazio! Faltou muito pra ser bom! #Fracooooooooooo
    SERGIO LUIZ DOS SANTOS PRIOR
    SERGIO LUIZ DOS SANTOS PRIOR

    1.540 seguidores 293 críticas Seguir usuário

    2,5
    Enviada em 9 de fevereiro de 2012
    2005 foi um ano de ouro para George Clooney. Ganhou o Oscar de melhor ator coadjuvante por "SYRIANA" e concorreu ao Oscar de melhor filme com "BOA NOITE E BOA SORTE". Muito mais importante do que as nomeações da Academia de Hollywood é a qualidade que seus trabalhos apresentam. Clooney prestou uma grande e justa homenagem ao âncora de um programa jornalístico da rede de televisão CBS na década de 50, Edward Murrow (David Strathairn, em atuação superlativa). "BOA NOITE E BOA SORTE", frase com a qual Edward Murrow terminava todos os programas, mostra nos seus 93 minutos de duração, como era a televisão norte-americana quando ela ainda engatinhava. A equipe de Edward Murrow decide fazer uma matéria na qual o senador que gostava de caçar bruxas, Joseph McCarthy, teve algumas de suas contradições esmiuçadas em rede nacional. Por ser democrata nas palavras e nos atos, Edward Murrow deu ao senador oportunidade de responder às críticas a ele feitas num programa seguinte. O senador usou a sua famosa tática de acusar Murrow e sua equipe de terem ligação com a causa comunista. Impressiona o papel do chefão da CBS, William Paley (Frank Langella), que deu sinal verde para que Edward Murrow levasse adiante seus programas por mais que alguns patrocinadores pudessem boicotá-lo. O próprio George Clooney interpreta Fred Friendly, que fazia parte da equipe de produção do programa. Os editoriais de Murrow deveriam ser estudados por todos os estudantes de jornalismo, tamanha o seu talento de expressão independente do assunto em voga. "BOA NOITE E BOA SORTE" é uma homenagem aos filmes noir: preto-e-branco, todos fumando e o jazz como trilha sonora. Este, por sinal, é um capítulo à parte. A trilha sonora é extraordinária. A cantora Dianne Reeves, que também participa da película, destila a sua categoria musical quando canta "How high the moon" e "TV is the thing this year". O discurso que Edward Murrow profere numa homenagem que seus colegas fazem no ano de 1958 é profética ao prever que a televisão poderia ser uma grande arma a serviço da disseminação da cultura ou então, uma máquina de discussão de temas superficiais. Bingo! O Faustão e o Gugú que o digam. Notável homenagem a um tipo de profissional que não existe mais na mídia.
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