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    Psicose 4 - A Revelação
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    3,3
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    Arthur
    Arthur

    7 seguidores 62 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 9 de fevereiro de 2012
    Voltamos a Psicose em um quarto filme e a proposta é boa, um roteiro muito bem elaborado e mesmo que você vai achar o filme inferior aos três primeiros, esse dá um toque de história contada e depois coloca um ponto final de vez. Aqui vemos Norman em sua nova moradia e ele tem uma esposa digamos assim, ela é um Dra. e eles se conheceram no confinamento dele (perdoem, se não em engano é isto mesmo) e ele está em sua residência e é seu aniversário e enquanto ele escuta uma radio em que ele começa a participar ao vivo via fone (pois o tema é sobre serial killers) Norman dá início a momentos de loucura novamente. Bom e casa com o motel, sim, é mostrada durante o filme, aqui ele vai relatar como começou tudo, como matou sua mãe o comportamento doentio dela e isso vai até chegar ao ápice final com ele indo até sua antiga casa. O filme se vale de direção boa, boas atuações, e realmente a idéia de contar tudo desde o começo o porque de tudo é algo sensacional. Confira Psicose IV, sem esperar ser uma continuação direta dos 3 primeiros e a sim as mortes é claro aparecem tambem como sempre, bom filme.
    Adriano Silva
    Adriano Silva

    1.520 seguidores 463 críticas Seguir usuário

    3,5
    Enviada em 24 de junho de 2023
    TEM SPOILERS!

    Psicose 4: O Começo (Psycho IV: The Beginning) 1990

    "Psicose 4" foi feito direto para a televisão (sendo o primeiro filme a ser rodado na Universal Studios na Flórida), sendo dirigido por Mick Garris e novamente sendo roteirizado por Joseph Stefano (que é o roteirista do clássico de 1960). O longa-metragem serve tanto como a terceira sequência da série de filmes quanto como uma prequela de "Psicose" do mestre Hitchcock, com foco no início da vida de Norman Bates. O filme inclui ambos os eventos após "Psicose 3" enquanto foca em flashbacks de eventos que aconteceram antes do clássico. É o quarto e último filme da franquia original de "Psicose", e a última aparição de Anthony Perkins na série antes de sua morte em 1992.

    "Psicose" (1960) é aquele clássico absoluto, aquela obra-prima irretocável, aquela obra de arte impecável, simplesmente um dos melhores filmes de suspense de todos os tempos, sendo completamente autossuficiente e sem a menor necessidade de continuações e desmistificação acerca do Norman Bates. Porém, "Psicose 2" é aceitável como um continuação do clássico, e muito por conter um roteiro novo e que soa bastante intrigante e curioso. Já "Psicose 3" não tem jeito, definitivamente é o pior filme da série original de "Psicose", e exatamente por ser uma continuação completamente perdida e desnecessária, com um roteiro péssimo e um elenco deprimente (tirando o Anthony Perkins, é claro).

    "Psicose 4" eu vejo na mesma linha de "Psicose 2", que é justamente uma continuação desnecessária e dispensável, porém coerente e aceitável. O mais curioso (e absurdo) desse roteiro de "Psicose 4" é justamente o fato de Norman Bates ter sido novamente solto e reintegrado na sociedade, além de ter se casado e sua esposa estar grávida. Ou seja, totalmente tranquilo e aceitável um maníaco psicopata do calibre do Norman Bates ter sido liberado do sanatório pela segunda vez e ter constituído uma família. Mas ok! Vamos ignorar esta parte do roteiro.

    Quando eu afirmo que "Psicose 4" tem um roteiro aceitável, é justamente por nos trazer uma visão sobre o início de toda a história, nos mostrar o começo de Norman Bates, que até então era uma parte nunca explorada nos filmes anteriores e que poderia facilmente despertar a nossa curiosidade. E foi exatamente nesse fator que o roteiro se apegou, em nos contar a história de Norman Bates desde a sua infância, passando pelo falecimento de seu pai, até chegar em sua adolescência e seus primeiros envolvimentos com as garotas. Envolvimentos esses que eram sexuais e que eram sempre repreendido por sua mãe, que aplicava uma forte repressão sexual em Norman. De fato esse é um ponto muito curioso e muito interessante em "Psicose 4", nos mostrar como foi a criação e a educação que a mãe aplicou em Norman. Ou seja, nos mostrar em como ela teve participação e uma influência direta na formação de caráter de Norman Bates, em como ela transformou seu próprio filho em um demônio perturbado e psicopata.

    E aqui entra o formato que o filme apostou e que eu achei interessante para todo o contexto que a história estava sendo contada. Que é justamente um formato que mostra o presente, com o Norman Bates decidindo ligar para um programa de rádio para contar sobre seu matricídio, com aquele contraponto de todos os abusos que sua mãe o expunha durante boa parte de sua adolescência sendo revividos através de flashbacks. De fato eu considero um acerto este formato que história foi contada, pois ter o próprio Norman do presente narrando os acontecimentos do Norman do passado deu mais peso e mais corpo para toda a história, além de criar uma motivação e uma relevância ainda maior sobre os flashbacks que eram apresentados. Sem falar que todo contexto que estava sendo desenvolvido através das ligações de Norman, deu um direcionamento para as pessoas que o ouvia sobre o planejamento do seu próximo assassinato.

    Outro ponto que foi trazido exclusivamente para "Psicose 4" e que é bastante contundente, é exatamente nos elucidar sobre a mente deturpada e doentia de Norman Bates, nos mostrar seus primeiros assassinatos, e ir ainda mais além, que é nos apresentar a figura da Sra. Bates e nos mostrar que se Norman Bates era desequilibrado e perturbado, sua mãe era muito pior.

    Incrível como a Norma Bates (Olivia Hussey) foi a principal responsável pela transformação de seu próprio filho durante a fase da infância para a adolescência. Incrível como a própria mãe impunha todos os limites cruéis para o próprio filho, em como ela o machucava com as palavras, que sim, as suas palavras o marcavam mais que qualquer tipo de violência física. Incrível em como a própria mãe foi a responsável pela criação e a transformação de um psicopata.

    Este é o ponto alto do roteiro de "Psicose 4", exatamente a abordagem acerca dos distúrbios psicológicos de Norman Bates, que foram adquiridos através da sua própria mãe. E aqui entra um ponto ainda mais intrigante dentro filme, que é o "Complexo de Édipo" e o "Complexo de Jocasta" que Norman sofria durante sua adolescência, que era justamente o desejo sexual pela mãe que ele teoricamente sentia. O filme não deixa isso evidente, mas dá a entender que a mãe também teria alguma atração sexual pelo Norman, como o fato dela sempre deixar claro que não queria que ele se envolvesse sexualmente com outra garota, que ele seria só dela, seria sempre o filhinho da mamãe. Podemos até comprovar tais fatos como naquela cena que ela pede que ele retire toda a sua roupa molhada e se deite agarrando ela junto ao seu corpo nu. Além de outras cenas que mostrava o Norman sobre o corpo da mãe e ele ficando excitado por estar tocando com o membro nela e ela ainda percebia sua excitação. É nessa hora que Norma impõe uma castração simbólica em Norman, exigindo que ele se aceitasse como uma menina. É também nessa hora que Norma obriga Norman a usar vestido e batom, ativando assim vários gatilhos e distúrbios psicológicos em Norman.

    É muito claro que existia um abuso da Norma com o filho. Agora até que ponto ia esse abuso não sabemos, pois o próprio Norman afirmou durante uma de suas ligações que nunca houve um incesto. E todos esses abusos que a mãe estabelecia sobre Norman inevitavelmente ativou o seu gatilho dos ciúmes. Pois quando ela passa a namorar e passa a transar abertamente com seu namorado, isso atacava diretamente a mente de Norman, que naquela altura já estava completamente desequilibrada e perturbada, pois a mãe sempre considerou o Norman como o único homem da casa. Todo esse comportamento da mãe fatalmente levou Norman a cometer o matricídio (assassinato da própria mãe).

    Sobre o assassinato da mãe e do seu namorado, o roteiro segue exatamente a história que conhecemos e que vem sendo contada desde o clássico, que foi feito através do envenenamento. Por sinal a partir desse ponto em questão temos algumas cenas bem interessantes e que ficaram boas no contexto geral do filme. O desfecho final eu já acho que perdeu um pouco do peso e da credibilidade que tinha sido conquistada no decorrer de toda a história. Sendo justamente pela a decisão do Norman em levar a sua esposa Connie (Donna Mitchell) até a antiga casa da mãe para assassiná-la juntamente de seu filho que ela estava esperando. Todo discurso que foi criado pelo próprio Norman que o evidencia em tal decisão em matar o próprio filho, eu achei bem questionável. Porém, no final temos uma cena pouco provável, que é justamente aquele desfecho final fofinho e feliz com o poder do amor tocando o coração do Norman Bates, quem diria. Acho que todas aquelas ligações e seus depoimentos lhe serviram como uma terapia para agir dessa forma exatamente no final. Pois ele próprio decide se livrar de tudo que esteja ligado com o seu passado, como a própria casa da mãe, que ele decide tocar fogo em tudo.
    É uma sequência de cenas até interessantes, mostrando a mente perturbada de Norman revivendo os fantasmas dos seus assassinatos dentro da casa no meio do incêndio. E no fim ele profere a frase: "Estou Livre!" Por outro lado o porão mostra que o espírito da sua velha mãe jamais sairá dali.

    Se em "Psicose 3" temos um elenco completamente medíocre, em "Psicose 4" todos estão bem e funcionam perfeitamente dentro da proposta de cada um para a história.
    Pela primeira vez na história o maior destaque de um filme "Psicose" não é o Anthony Perkins e seu lendário Norman Bates. Dessa vez o maior destaque desse elenco é sem dúvida a Olivia Hussey ("Romeu & Julieta", de 1968) e sua admirável Norma Bates. Eu fiquei boquiaberto com o nível de entrega de Olivia Hussey em sua personagem, que por sinal era uma MILF muito irresistível. Era realmente difícil o Norman resistir aos encantos da Norma naquela época, fatalmente ela destruiria toda a sua mente e sua cabeça, como ela realmente fez. Olivia Hussey personificou uma Norma Bates completamente desequilibrada, desestabilizada, perturbada, doentia, perversa, má, soturna, doente, que expunha todos os limites mentais do seu próprio filho, que lhe exigia comportamentos extremos e cruéis, sempre com uma postura depravada, com um sorriso maléfico e uma mente completamente sádica. A personagem Norma Bates foi oferecida a Olivia Hussey, que não precisou fazer qualquer teste para o papel; e ela simplesmente incorporou uma excelente, uma impecável Norma Bates.

    Outro fato inédito é a própria apresentação do Anthony Perkins, que dessa vez não era o mesmo Norman Bates que conhecemos, não tinha o mesmo vigor, não teve a mesma relevância, não teve a mesma atuação, ficando bem aquém do que ele próprio já apresentou anteriormente. Olhando para o Perkins em cena fica claro que ele não estava a vontade no personagem como ele sempre esteve, dessa vez algo o incomodava, algo o atrapalhava, ele já mostrava sinais de cansaço, de esgotamento, já nos mostrava estar bem debilitado fisicamente e até mentalmente. Podemos associar tudo isso que eu descrevi pelo fato da sua doença, pois Perkins sofria com AIDS e pneumonia, vindo a falecer com menos de dois anos do lançamento de "Psicose 4". O filme foi lançado nos EUA em 10 de novembro de 1990 e Anthony Perkins faleceu em sua residência na Hollywood Hills em 12 de setembro de 1992, por complicações relacionadas à SIDA (síndrome de imunodeficiência adquirida). O mundo do cinema perdia um artista naquele dia.

    Henry Thomas (o Jack Torrance de "Doutor Sono", de 2019) foi outro grande destaque no filme. Henry foi o responsável em dar vida para o jovem Norman Bates, contracenando diretamente com a Olivia Hussey. Henry trouxa a figura de um adolescente assustado, tímido, acanhado, quando o assunto era direcionado à garotas. Sempre mantendo uma postura sisuda, introspectiva, sombria, onde seu principal meio de comunicação era seus pensamentos ocultos. Em cena Henry esteve muito bem no personagem, contracenou perfeitamente com a Olivia e se mostrou muito seguro e muito corajoso.

    CCH Pounder (a Mo'at de "Avatar: O Caminho da Água", de 2022) foi a personagem Fran Ambrose, a Locutora do programa de Rádio que o Norman sempre acompanhava e decidiu ligar para contar a sua história. Pounder conseguiu se destacar com sua personagem que a princípio era uma simples locutora interessada na história do Norman, mas logo após ela ganha mais relevância na história quando ela descobre o plano de Norman relacionado ao seu próximo assassinato.

    Mick Garris estava fazendo a sua estreia no cinema ao dirigir "Psicose 4". E ele foi até bem nessa sua estreia dentro das suas possibilidades e suas limitações. Já relacionado a trilha sonora, aqui temos a única das sequências de "Psicose" a usar a trilha sonora composta pelo lendário Bernard Herrmann para o filme original. Por sinal a abertura do filme já inicia com aquela clássica música tema de "Psicose". Este é o ponto alto da trilha sonora de Graeme Revell (lendário compositor da icônica trilha de "A Mão Que Balança o Berço", de 1991), o seu poder de nostalgia.

    Agora eu trago algumas curiosidades sobre "Psicose 4":

    - Quando Norman Bates fala pela primeira vez no programa de rádio ele diz que seu nome é Ed. Robert Bloch, autor do livro o qual "Psicose" foi baseado, criou Norman Bates tendo por base um serial killer verídico chamado Ed Gein, que atacava no estado de Wisconsin, nos EUA.

    - O psicólogo deste filme chama-se Leo Richmond, que foi interpretado por Warren Frost. Trata-se de uma referência a Fred Richmond (interpretado por Simon Oakland), personagem de "Psicose" original, de 1960.

    - Janet Leigh, estrela de "Psicose" original, apresentou "Psicose 4" em sua primeira exibição na TV americana.

    - As filmagens de "Psicose 4" duraram apenas 24 dias, porém vários finais diferentes foram rodados, de forma a manter em sigilo o escolhido.

    - Os turistas que visitam o Universal Studios na Flórida podem visitar a casa onde as filmagens de "Psicose 4" aconteceram.

    Por fim, temos aqui o quarto e último capítulo da clássica franquia de "Psicose" (pois em 1998 tivemos apenas o contestável remake do original). Assim como já afirmei em minhas análises passadas, de fato o clássico do mestre Hitchcock sempre foi considerado irretocável e autossuficiente, sem nenhuma necessidade de remexer nesse universo que já estava imortalizado e eternizado na cabeça de todos nós cinéfilos. Mas como já é de praxe, a produtora detentora dos direitos comerciais jamais deixaria o filme morrer e muito menos o seu protagonista ser esquecido. Sendo assim o universo de Norman Bates foi revivido e revirado nessas três contestáveis continuações - que por si só todas já soam como continuações desnecessárias e dispensáveis.

    Porém, "Psicose 4" é sim um bom filme, que além de tudo ainda teve influências direta na série "Bates Motel" (2013 / 2017), se destacando como uma boa continuação (que funciona como prequela) aceitável e coerente, que consegue prender a nossa atenção com um bom elenco, com um bom roteiro, que confronta fatos do presente e do passado dentro da mesma história, e ainda nos exemplifica como foi a participação direta da Sra. Bates na formação e desenvolvimento de um dos maiores maníacos e psicopatas da história do cinema - o lendário e eterno Norman Bates. [23/06/2023]
    Andrea G. Oliveira
    Andrea G. Oliveira

    1 crítica Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 23 de junho de 2021
    Filme nota 10. Revela a problemática psíquica de Norman. Todos os outros fazem sentido. Perfeita a forma em que abordaram a psicopatologia, trazendo à luz a importância das funções materna e paterna no desenvolvimento psicológico da criança. Uma família disfuncional como a de Norman e com uma mãe tão adoecida emocionalmente que não nutriu de amor e segurança esse filho. A mãe de Norman extremamente ambígua, com uma bipolaridade notória ! Recomendo o filme.
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