Sequência de A Supremacia Bourne (2004), o Ultimato Bourne consegue ser um dos piores dos longas de Bourne estrelado por Matt Damon.
Seguindo os acontecimentos de A Supremacia Bourne, O Ultimato Bourne continua a história do agente Jason Bourne (Matt Damon) em busca de sua identidade. Agora sabendo seu verdadeiro nome, Bourne tem como objetivo descobrir mais sobre o programa Treadstone e como foi parar lá.
Mais uma vez dirigido por Paul Greengrass, o terceiro filme bate na tecla de repetição e não tem nada de inovador a oferecer. O terceiro longa tem como pretensão finalizar a busca de Bourne por sua identidade, e conta com um roteiro mais fraco e previsível o possível. E como se isso não fosse o bastante, em Ultimato Bourne dá mais lugar a uma ação alucinada e entediante e deixa para o lado o suspense, fraco e previsível, que não consegue arrancar uma batida de nossos corações.
Outro erro, em geral, é o personagem de Matt Damon, Jason Bourne. Sem mais nada de novo a oferecer, o personagem transborda o limite do impossível. Desde Identidade e Supremacia Bourne Jason sempre conseguira fugir da polícia, escapar das mãos da federação, e já que em Ultimato Bourne consegue, novamente, passar a perna nas autoridades, o fato suspense das cenas de ação é tirado. Por que, querendo ou não, no fundo, você sabe que Bourne sempre conseguirá escapar.
O tempo também não é bem trabalhado aqui. O longa começa com Bourne mancando em Paris, e na metade do filme ele está em Berlim, ponto onde o filme antecessor terminou, repetindo a cena final de Supremacia, deixando o espectador confuso e meio fora de ar.
Confusão mesmo, talvez, é como Bourne, além de sempre escapar das autoridade com sua cabeça a prêmio em cada instituição, consegue viajar de lugares distantes com tanta facilidade. Com isso, o personagem se torna, praticamente, um super herói da vida, fazendo seus truques impossíveis e previsíveis.
A produção conta com escassos aspectos positivos. A fotografia alcança o nível exigido de um blockbuster, e o filme tem mais vantagens como ação do que suspense.
As atuações também não são surpreendentes. Os personagens do resto do filme são jogados de lado e mal desenvolvidos, e Matt Damon, na pele de Jason Bourne, continua no mesmo nível dos filmes anteriores.
Deixando o final em aberto para futuro possíveis filmes, o longa também não deixa o espectador com sede de quero mais. Se parece apenas com um filme de fim de tarde qualquer, pela conta de pouca emoção que proporciona.
O aspecto positivo mais gritante pode ser a tentativa fraca de trazer de volta a tmosfera dos antigos filmes de ação. Mesmo que fraca, o filme nos faz lembrar de clássicos de ação e espionagem 007 à Duro de Matar — mesmo que pouco.
Repetindo dessa vez todos os erros dos dois primeiros filmes, O Ultimato Bourne consegue ser o pior da trilogia de Matt Damon, não oferece nenhum aspecto surpreendente e talvez, até nas cenas de ação, pode falhar pela falta de emoção que causam.
Nota: 6,7/10