Minha conta
    16 Quadras
    Críticas AdoroCinema
    3,0
    Legal
    16 Quadras

    Pessoas mudam. Bruce Willis não.

    por Roberto Cunha

    Bruce Willis, concorde ou não, deixou sua marca no cinema mundial ao protagonizar a série "Duro de Matar". E, claro, fez outras coisas também como O Quinto Elemento, O Sexto Sentido e uma série de filmes com sucesso a reboque ou não. Desta vez, Willis retorna num papel já conhecido do público. Interpretar um tira meio decadente não é novidade para ninguém. Até outro astro de filmes de ação, Sylvester Stallone, já experimentou algo parecido. Mas então o que tem de especial neste 16 Quadras? A abertura em P&B e a voz em off revela que você está diante de uma sequência fora da ordem cronológica. Em seguida a cor entra e o personagem de Willis é apresentado para o espectador. Assim você fica sabendo que ele está meio gordo, mancando, decadente, desacreditado e mesmo assim recebe uma missão aparentemente banal: levar uma testemunha (Mos Def) importante até um tribunal. O título do filme faz alusão exatamente à distância que será percorrida. Ele só não sabia que seria tão complicado chegar ao seu destino.

    Mas o roteiro, apesar de previsível, reserva momentos de ação e humor bem legais para Willis estrelar ao lado do impagável rapper Mos Def. A primeira seqüência de ação, por exemplo, é bastante interessante, com edição (360º) em câmera lenta e sons de uma verdadeira saraivada de tiros. O resultado final ficou ótimo e deu uma grande dica do que estava por vir: o tal tira, apesar de meio caído, é rápido no gatilho e de bobo não tem nada. O personagem de Willis acabara de salvar a pele da testemunha. Ou seja, Bruce "McClane" Willis está de volta. O que acontece em seguida é uma série de percalços para atrapalhar a tal missão. E assim, a cumplicidade entre os dois (policial e testemunha) vai com o passar dos tempos - ou seriam tiros - aumentando. Mos Def, que já participou de muitos outros filmes, interpreta um fanho e proporciona momentos hilários com sua observações sobre o seu salvador. Tem muita curtição com cidadão japonês, com Barry White, Anjelina Jolie, Chuck Berry e outras piadinhas bem colocadas ao longo da trama. Trilha sonora compatível com o gênero e a música dos créditos, como já foi citado, é uma grande homenagem a Barry White. Como um filme americano não sobrevive sem destruição de veículos, a dupla protagoniza uma fuga espetacular arrasadora dentro de um ônibus (o tal da abertura). É a deixa para você saber que está chegando ao final da trama. E o filme termina bem. Com direito a lição de moral sobre pessoas e amizade. Bom programa. Vale o preço do ingresso!

    Quer ver mais críticas?
    Back to Top