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Anderson
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26 críticas
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2,5
Enviada em 9 de fevereiro de 2012
Volver é, antes de tudo, um filme sobre o perdão. A filha perdoa a mãe incapaz de enxergar a agressão paterna. A mãe perdoa a filha que se afastara dela por causa da agressão parterna. A filha perdoa o padrasto que tentou violentá-la, assim como sua própria esposa, ao ficarem satisfeitas, as duas, ao saber que ele está enterrado no seu lugar favorito, à beira do rio. Afinal, todos acabam por se dar conta de que o perdão de um é a redenção pelo pecado do outro, que no caso de Volver vem tragicomicamente acompanhado pela morte. Brilhante filme.
Certos diretores possuem um domínio tão amplo da arte do cinema que chegam a impressionar pela facilidade com que mudam o estilo de seus filmes no decorrer da própria trama. Pedro Almodóvar é um destes casos e isto fica bastante evidente em "Volver". Dizer que trata-se de um filme sensível seria redundante, já que esta é uma característica que acompanha a carreira do diretor. Mas há momentos que lembram Hitchcock. Há momentos em que com um único plano Almodóvar nos mostra o que acontece na trama e ainda nos entrega informações complementares, indiretas, sobre as características das pessoas ali retratadas. "Volver" é o trabalho de um diretor maduro, que sabe o que pôr em cena. Pode não ser seu melhor filme, particularmente ainda prefiro "Tudo Sobre Minha Mãe", mas com certeza é um de seus melhores trabalhos. Destaque para o trabalho das atrizes do elenco, até mesmo Penélope Cruz, que parece que apenas consegue suas melhores atuações quando está sob a batuta de Almodóvar.
Um filme que tinha tudo para ser ruim, mas é excelente!
O que quero dizer é que ao ler a sinopse, parece que será mais um filme dramático de Almodóvar, só que dessa vez com um roteiro que não é tão inovador. Apenas lendo a sinopse não parece tão intrigante como os outros filmes de Almodóvar. Mas é!
Parecem duas histórias paralelas, mas é genial como Almodóvar consegue conectá-las. Uma trama ajuda a ser exemplo para outra.
No começo, achei um pouco chato. Eu sabia que havia um suspense, mas demorou alem do normal para que o filme começasse a revelar a trama. Isso fez com que o começo fosse um levemente monótono.
Logo em que algumas peças do quebra-cabeça começam a fazer sentido, vocçe não consegue mais desprender os olhos do filme.
Já estava na lista do "quero ver" tinha tempo,até que enfim consegui ver. Almodóvar é sempre interessante e bom. Ele sabe como poucos explorar os relacionamentos humanos e, principalmente a partir da perspectiva feminina, é fascinante como ele enxerga as mulheres. Volver é uma música que a mãe da protagonista ensinou a ela quando adolescente e também a volta da mãe. Amo suspense e reviravoltas, mas não captei o plot aqui,possivelmente pela intensidade das atuações. As horas passam e você não percebe,quando acabou queria mais,até porque o que ocorreu não ia ficar assim,se não fosse filme,mas...
"Volver" apresenta todos os requisitos clássicos dos filmes de Pedro Almodóvar, uma historia crescente que mescla surrealismo com traumas e injustiças com uma pitada novelesca e cores vibrantes, e além de um dos seus mais importantes toques, o desenvolvimento de personagens femininas fortes mas quebradiças, cheias de imoralidades e meias verdades. Apesar dessa combinação característica, "Volver" falta um pouco de sal e acho que a culpa disso é o seus dois primeiro atos que afastam um pouco o telespectador, mas quando entramos no terceiro ato, o interesse volta com força, cheio de reviravoltas e personagens marcantes como Augostina interpretada pela Blanca Portillo, ou Raimundo vivida brilhantemente por Penelope Cruz. A direção é boa, como sempre, "Volver" é um ótimo filme, que fala sobre irmandade, abuso e feminismo, mas comparado a filmografia de Almodóvar ele é apenas um "bom" filme, cativante, engenhoso e autoral: 7,5/10
Sem dúvidas um filme com espírito e Almodóvar,Volver é um retrato de força feminina,aqui o filme mostra inúmeras personagens fortes com histórias de vida complicadas,suas histórias são certamente um comoventes o espectador.
A parceria entre Penélope Cruz e Pedro Almodóvar é forte e duradoura,em Volver eles mais uma vez retomam essa parceria,o resultado é extremamente satisfatório,primeiro que a personagem escrita por Almodóvar se encaixa perfeitamente com a Penélope e a atriz entrega uma grande atuação que inclusive foi a primeira atriz espanhola a concorrer na categoria de melhor atriz no Oscar.O filme tem uma abordagem bem sutil mas ao mesmo tempo forte pois o arco das personagens possui dor,mágoas e sofrimento.Almodóvar escreve essas personagens (Em Específico a Raimunda que é interpretada pela Penélope Cruz) como uma figura forte mas que sofre perante a esse mundo machista em que vivemos.
A Raimunda por exemplo tem um marido muito machista,violento e que tentou abusar da filha,o que fez com que a filha o matasse.Raimunda mesmo vendo o corpo do marido pra pra que aquilo apesar de errado teve um motivo 100% compreensível e se encarrega para esconder o corpo.É uma personagem com camadas,o amor pela tia e pela sua filha é poderoso,seus traumas de infância quando e revelam são chocantes e reforçam ainda mais as atitudes que ela teve ao decorrer do filme e a interpretação da Penélope é de alto nível,pois ela passa aquela figura forte e batalhadora da Raimunda.Sua irmã e até sua mãe também tem o que contar e em especial sua mãe que teve um passado turbulento junto a seu esposo e pai de suas filhas.
Se de início o espectador espera por uma coisa,ele recebe outra.O filme não é sobre uma filha que matou o pai após ser quase estuprada e sim sobre as consequências de atos provocados por homens sem caráter e altamente machistas.As personagens femininas mesmo com problemas que envolvem seus parentes(Causados pelos Homens) ainda encontram uma forma de se confortar e se consolar pelos problemas.A Mise en scene é cheia de cores vivas com destaque para o vermelho (É Claro) e a direção do Almodóvar tem total controle do elenco e da narrativa do filme.Por sinal é um filme ágil que sempre mantém o espectador vidrado na tela,o que é muito positivo.
Volver é muito bem escrito dirigido,o roteiro do Almodóvar oferece como de costume uma história delicada e até chocante sobre o machismo e os traumas vivido pelas personagens femininas que sempre e mostram fortes mesmo em situações desesperadoras.E além do mais marca uma das melhores atuações de Penélope Cruz.
Mais uma boa história de Almodovar em um roteiro que opta (como sempre) pelo inusitado para abordar questões profundas, como morte, perdão, reconciliação e segredos. Além de conter várias surpresas, o roteiro arrisca em uma trama quase novelesca, o que o torna indulgente para que o filme funcione. Porém, a assinatura do diretor em estética e técnica,.faz com que tudo fique mais envolvente e prazeroso de acompanhar.
Após ver vários filmes de Almodóvar em sequencia, faço as seguintes considerações: CRÍTICA - ele repete a sua fórmula (que é ótima), mas fica uma impressão de "mais do mesmo". Ou seja, encontrará as famosas ironias, cenas coloridas, irônicas e ligações de histórias paralelas e taboos. Além disso, a história é um pouco cansativa e não me prendeu muito. ELOGÍOS - após ler um comentário aqui, consegui enxergar bem algo que passava despercebido. O filme trata muito bem do tema PERDÃO e as diversas formas que este se manifesta ao longo dos ricos personagens que o diretor sabe criar. Falando neste assunto, há de se fazer uma menção especial para Penélope Cruz, que além de uma ótima atuação estava linda a ponto de prender a atenção ao longo de todo filme.
Filme bem amarrado, bem construído, narrativa conexa, personagens bem construídos e um plot que eu não estava esperando! Ótimo drama familiar. spoiler: só não curti muito o abusador ser humanizado no final, quando Raimunda está com Paula e está diz que está feliz que o pai está enterrado em um lugar que ele gostava
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