O que dizer de "La Môme" né?!
Perfeito em tudo, direção de arte, trilha sonora, edição...e claro a incrível Marion Cotillard que está ESTUPENDA no longa.
É nítido como ela se entregou á personagem, ela praticamente incorporou a Edith Piaf, (ou a Edith Piaf encarnou nela durante as gravações) principalmente na época em que ela conheceu Marcel seu grande (e porque não único amor) ali estava a Paif nua e crua, não havia distinção, não tinha Marion nem personagem, tinha apenas Edith Piaf. Não á toa, Marion levou o Oscar de Melhor Atriz em 2008, mais do que merecido, mais do que justo.
Para as pessoas que não conhecem a Edith Piaf, vão conhecer com este filme uma grande cantora, que além de talentosa, cantava com a vida, não por amor, é mais como se cantar fosse um membro vital de seu corpo, retire-o e não viverá por muito tempo. E também com uma história de vida sofrida e amorosa e exagerada.
Pra quem já conhece o trabalho dela, vai se encantar com a riqueza de detalhes de certos aspectos de sua vida, e se apaixonar ainda mais pelo trabalho da pequena pardal.
Devo ressaltar um destaque que me chamou muita atenção, Pauline Burlet que interpretou Edith na época em que ela estava com o pai no circo, principalmente na cena em que ele se apresenta na rua e logo depois pede á mesma cantar para os pedestres, Pauline canta o hino francês, belamente, afinada, dando uma faceta á mais da personalidade de Edith como cantora.
Apesar do filme ser perfeito, devo ressaltar dois pontos negativos: a Fotografia do filme no meu ponto de vista é deveras escura, deixa boa parte do filme com um tom meio mórbido, depressivo, achei um pouco prejudicial pra narrativa.
O segundo ponto é a escolha do diretor em contar a história recortada, ora no passado, ora no futuro, ora na velhice, ora na adolescência... isso acontece no começo do filme e no fim também, mas no meio do filme a narrativa fica mais centrada no presente e pró-presente (um espaço curto de tempo da vida de Edith já no auge do seu sucesso) algo que pode deixar o público um tanto confuso com tanto vai e vêm na história da cantora. A reta final é de emocionar.
Como dizem os franceses: BRAVO!