Média
4,1
82 notas
Você assistiu Mistérios da Carne ?

16 Críticas do usuário

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5 críticas
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3,5
Enviada em 20 de junho de 2014
Bem, essa sinopse é um tanto quanto pretensiosa quando já se viu o filme. Em primeiro lugar: a importância de Brian no enredo. Em segundo: o tal encontro dois dois. Entenda ao continuar a leitura desta resenha.

Mistérios da carne é um drama forte, na verdade, muito forte. Nele somos levados a conhecer a história desses dois jovens já comentados acima, Brian e Neil, dois garotos com a mesma idade mas com espíritos que não condizem nada um com o outro, o que pode aparentar ser interessante. Enquanto Brian é o famoso nerd encubado, quieto e com tendências quase que assexuadas de tanta "timidez", Neil é o famoso boêmio: bebe, fuma e faz sexo com quase todos os enrustidos da cidade. Essa diferença é uma eterna linha tênue entre o clichê e o inesperado.

Entretanto, não é o que fazem hoje, o que são hoje que chama atenção, e sim o passado que cada um carrega. Na verdade, mais do que tudo, Mistérios da carne é um filme que se trata do modo de encarar seus demônios do passado: seja negligenciando, seja se agradando com seus traumas, seja querendo desesperadamente desvendá-los, e, essa sim, para mim, é a melhor diferença entre Neil e Brian. Enquanto Neil lembra perfeitamente de sua vida, e faz com que um verão de dez anos atrás molde seu modo de ser e encarar todos os pontos de sua vida, Brian se encontra numa profunda busca por um motivo, o motivo de seus pesadelos, o que o fez ser o que é.

Aceitação e busca.

O filme se intercala em diversos anos diferentes, numa ordem cronológica crescente, com alguns flashbacks inclusos (conforme revelações vão sendo feitas) e, se há um verdadeiro ponto positivo no filme, são as interpretações dos pequenos Neil e Brian, Neil principalmente. Estamos acostumados a ver crianças em dramas, chorando, dando chiliques, ou fazendo papéis de força, mas nenhuma me impressionou da mesma maneira que Neil em um certo quesito, que, bem, eu não posso falar muito. Mas digamos que ele agiu como eu nunca esperava que uma criança fosse capaz, seja no olhar, seja nos nuances da voz, os sorrisos amarelos. as mulheres do elenco também tem uma boa participação (pelo menos as que tem o devido destaque), digo isso com foco em Mary Lynn Rajskub, que entrou na minha lista de loucas favoritas a partir de hoje.

Mas, falemos dos pontos negativos. não são poucos (como na maioria das obras), mas acho que alguns merecem ser mais lembrados aqui. O principal são as cenas de sexo de Neil, e, de certa forte, o próprio Neil. No começo não é um grande incômodo vê-lo em suas relações - até mesmo porque Joseph Gordon-Levitt é um ator glorioso - mas, com o passar do tempo, isso vai ficando meio desgastado, até um ponto que pode levar a parecer algo muito "enfiado" na obra, como o que vem acontecendo em alguns momentos de Game of Thrones. A vida de Niel se resume a isso, inclusive, e, às vezes, tudo o que eu queria era menos daquilo, menos de mais do mesmo, menos daquele dia-a-dia que, num filme, se pareceu meio desgastante. O mais triste é que essa grande exploração acabou enevoando a participação de Brian, que, para mim, é muito mais interessante como personagem, muito mais misterioso, com sua busca alienígena e seu desenvolvimento como investigador de si mesmo.

E, todo esse lenga-lenga, esse chupa-chupa acabou resultando num final apressado - ainda que lindo. Eu adoraria ter visto mais cenas de Neil com Brian, porém o prolongado desenvolvimento singular meio que interrompeu isso. E aqueles dois tiveram muita química em cena.

Com uma boa trama, perfeita para pessoas pacientes, nem tanto para quem gosto do famoso direto ao assunto, Mistérios da carne é um ótimo filme para se meditar e "cair na real". Apesar de um desenvolvimento meio inadequado, ele mostra o quão fortes podem ser as consequências de um baque muito forte no nosso passado, como isso afeta o caráter e o desenvolvimento de um indivíduo despreparado. Mostra como os adultos são os piores monstros do mundo. Mostra como a fragilidade é corrompível, mutável.

E a trilha sonora é ótima. Rs.
5,0
Enviada em 15 de abril de 2013
Diante de um dos filmes da minha vida... fico sem palavras. A profusão de informações que são colocadas ao longo do filme, num domínio impressionante de roteiro de Gregg Araki é que fazem desse filme algo tão sensacional. É o filme mais complexo e genial sobre o tema. Há que se notar, entretanto, a tendencia de Neil. E a pureza de Brian. A maneira com que cada um lida com o ocorrido é pura psicologia. E muito, muito real. Por fim, a forma com que essa história é contada é o que faz a experiência ser tão intensa, de modo que ir pro filme sem saber do que ele se trata é, sem dúvidas, a alternativa ideal. Outrossim, este comentário extremamente vago (necessariamente) não chega nem aos pés da grandiosidade emocional contida nesse filme. É o típico "só vendo pra saber". E da mesma forma que ele mexe com cada pessoa a sua maneira, há quem vai se encantar muito mais por ele. E há aqueles que vão rechaçar. A todo modo, é uma obra completamente transformadora.
3,5
Enviada em 14 de janeiro de 2018
Um filme bastante forte e que me causou uma pequena pertubação. Talvez pelo fato das cenas ser muito realistas ou então, por eu ter me identificado com o ocorrido no filme. Assistindo-o me trouxe lembranças de minha infância sendo corrompida [o que não é nada agradável]. Ver o absurdo que o ser humano faz com o outro para apenas satisfazer seus desejos doentios. Ver a semelhança nas atitudes do violentador, como ele usa métodos para ganhar a amizade da criança, ensinando-a que aquilo não é nada de mais. Bem, é isso o que tenho a dizer... O filme é ótimo, mas, assim como outros já falaram não é todo mudo que pode assiste-lo, tem de preparar bem a mente pois, mesmo passando pelo o mesmo que os personagens e meus sentimentos terem sido endurecidos, ainda assim me comovi e me senti na pele dos diferentes personagens.
5,0
Enviada em 9 de fevereiro de 2012
O filme é muito bom. Ele mostra de duas formas diferentes e entrelaçadas, como a PEDOFILIA, pode mudar toda a vida de uma pessoa. É um filme pesado, com cenas fortes e pertubadoras.
Joseph Gordon-Levitt está incrivel e dá um show em sua atuação, dando ênfase tmbm aos atores que fazem os personagens principais na infância. Coloco tmbm como um dos mais interessantes que já assisti.
anônimo
Um visitante
3,5
Enviada em 30 de dezembro de 2015
O que mais me impressionou nessa produção foi o fato de não ser baseado em fatos reais,só que essa ideia não saiu da cabeça.São fatos que acontecem fora da ficção,que aqui são contados perfeitamente.
A vida do pequeno Neil é super dramática,só que ao mesmo tempo ele se sente bem com a situação.Já que não tem uma grande atenção se sua mãe.
Na fase juvenil,os fatos são ainda mais fortes.Destaco também a atuação de Brady Corbert.Não esquecendo a linda Elizabeth Shue.

-Filme assistido em 30 de Dezembro de 2015
-Nota 7/10
4,0
Enviada em 14 de fevereiro de 2016
Estava faltando um filme que contasse ao público uma versão menos glamourizada e mais realista para os mistérios sob a pele de figuras humanas que só vemos como um estereótipo, tanto nas representações artísticas como em nosso círculo de amizades. É esse o grande mérito de “Mysterious Skin”, do diretor Gregg Araki, ao discorrer sobre as experiências que nos conduzem à pele que nos habituamos a trajar como uma roupa em nossa existência. O elenco corresponde à intenção do diretor com uma dramaturgia no ponto correto, com destaque para Joseph Gordon-Levitt (Neil McCormick), favorecido por um roteiro instigante que abduz o espectador, fazendo-o esquecer as severas temáticas tratadas no filme, para afinal trazê-lo de volta ao assunto, com humanidade, respeito e até mesmo didatismo. O filme requer paciência dos não iniciados no assunto, para quem sabe superar a própria mera tolerância com a adoção de uma postura real de respeito pelo tipo de indivíduo retratado, vivenciando um pouco dos dilemas enfrentados. Altamente recomendável como experiência de se colocar na pele do outro, entendendo um pouco mais os seus mistérios, se me permitem o trocadilho.
3,5
Enviada em 26 de setembro de 2016
Um bom filme com um tema polemico. Roteiro um pouco confuso as vezes mais no geral acho que conseguiu alcançar o objetivo com relação a história.
4,0
Enviada em 24 de maio de 2018
foi um dos primeiros filme q fala abertamente sobre a pedofilia e até uma crítica fala bem da pedofilia. o filme é bom e tem personagens carismáticos, mas não gostei muito do filme.
#NãoVaiPraEstante
3,0
Enviada em 30 de junho de 2024
Embora produzida no início dos anos 2000, a obra procura retratar alguns dos males dos anos 1980 e início dos anos 1990. Males são as grandes cidades norte-americanas devastadas pelo HIV, juventude perdida e o tema mais centralizador: pedofilia. Aqui encontramos dois personagens opostos (mais não antagônicos) Neil e Brian. Brian encarna o nerd que nunca bebeu, fumou, transou e acredita que suas 5 horas esquecidas quando tinha 8 antes, tenha sido ocasionada por uma abdução alienígena (pura aceitação). Enquanto Neil encara a realidade, tem ciência do que aconteceu no seu passado e procura sair da sua pequena cidade em busca de uma cidade grande. Podemos destacar a boa ambientação do filme, pois parece que estamos nos anos 1980 (quem assiste o filme hoje em dia vai ter duvidas com relação ao ano do seu lançamento). Mas o ponto negativo foi a falta de profundidade diante de temas tão centrais (em especial sobre a pedofilia) e por ter entregue a resolução do mistério do filme já no segundo ato. deixando a última cena apenas como confirmação do que já era obvio. Um filme interessante a ser visto.
2,5
Enviada em 9 de fevereiro de 2012
Eu não gostei muito não, talvez por ter sido meio forte e pertubador!
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