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Diego Rodrigues
9 seguidores
2 críticas
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2,5
Enviada em 9 de fevereiro de 2012
O filme é muito bom, não diria espetacular, mas muito bom. Faltou bom senso em algumas partes: por exemplo, a personagem fictícia deixa transparecer um forte discurso feminista, incondizente com a grandeza do material, e que, principalmente, diminui a ímpeto e a audácia de Beethoven ao colocar uma bela jovem para ampará-lo, como se fosse um inválido. Entendo que a existência da personagem, para fins de enredo, parece necessária, mas certas coisas poderiam ser evitadas colocando-se um rapaz no lugar da moça - evita-se também, assim, o romantismo piegas que quase, felizmente, tomou conta do filme. Se eliminássemos o auxílio que Beethoven recebe para reger a orquestra o filme seria magistral. Enfim, as qualidades, que não são poucas: as falas de Beethoven deixam transparecer boa parte da linha de pensamento que guiou a estética romântica da arte, particularmente no que diz respeito à mistura do sublime com o grotesco, o visceral. É difícil não repetir a palavra "ímpeto", já que o personagem encarnado por Ed Harris deixa isso muitíssimo claro. Um filme que tinha tudo para ser um dos maiores da história do cinema, mas que pecou em questões frívolas, que poderiam ser facilmente evitadas. No entanto, ainda assim é uma excelente obra.
É sempre arriscado para um cineasta abordar uma biografia, particularmente se esta for de ninguém menos que Ludwig van Beethoven (Ed Harris). As críticas sobre a verdade dos fatos e das pessoas virão de todos os lados. A diretora polonesa, Agnieszka Holland, não se intimidou em abrir a guarda para possíveis ataques. No filme, Beethoven já é um nome consagrado no mundo musical. O ano é o de 1824. A cidade é Viena. O compositor que já estava surdo (imagino que não poderia haver castigo maior para alguém que foi e ainda é um dos maiores nomes da história da música clássica) e restavam poucos dias para a premiere mundial da sua 9º Sinfonia. O seu copiador oficial, Wenzel Schlemmer (Ralph Riach) sofria de câncer e não consegueria transpor o trabalho de Beethoven para a partitura. A bela e jovem Anna Holtz (Diane Kruger), no auge dos seus 23 anos, a melhor aluna do conservatório musical que freqüentava, surgiu para substituir o velho Schlemmer. Algo impensável para os padrões da época. Na medida que Anna demonstra uma enorme sensibilidade musical e se atreve a mudar a partitura do grande maestro, ela consegue cativar o coração dele. A paixão de Beethoven era o seu sobrinho, Karl (Joe Anderson), que não queria se tornar músico apesar das pressões que recebia do tio. O sobrinho chegava inclusive a roubar dinheiro de Beethoven. Anna se tornou uma espécie de filha. Não que isso signifique bom humor e sorrisos o tempo todo. O temperamento de Beethoven era ardido como pimenta. A forma como ele desqualifica a peça de autoria de Anna Holtz é humilhante. O maestro tinha ímpetos de causar inveja a celebridades da atualidade. A diferença é que Beethoven pairava acima dos mortais através de sua arte enquanto muitos dos que têm ataques de chilique não tem nada a oferecer à humanidade. Algumas passagens são hilárias, por exemplo, quando Beethoven decidia se banhar no seu apartamento e como o chão não era impermeável, o vizinho de baixo tinha de comer o seu goulasch com tempero de água e suor à la Beethoven. Ed Harris está se especializando em interpretar (e bem!) personalidades históricas e difíceis. Foi assim em "POLLOCK", cinebiografia do pintor americano e agora em "O SEGREDO DE BEETHOVEN". Mesmo aqueles que não tem uma cultura musical clássica como é o meu caso, não deixarão de se sensibilizar com a música deste homem.
nao ha como nao parar o tempo e estar naquele momento e naquele lugar em que se ouve pela primeira vez a nona simponia fantastico e magico! rosana ocampos
Filme pobre em termos de veracidade da história e de elementos diversos. Mesmo não tendo como objetivo principal ser uma biografia a produção foi pobre e muito a quem. No entanto, boa representação por parte de Ed Harris no papel de Beethoven, em muitos pontos semelhante ao que realmente seria Beethoven. Diane Kruger também desempenha um bom papel. Pena serem poucos os filmes do género! 3,5* para esse facto. Ainda há quem tenha interesse em retratar a vida de muitos dos que marcaram para sempre a História da Música Ocidental.
Com certeza, foi um privilégio viver naquela época, mas parece que o público não dava o devido valor para o grande maestro, que vivia em um apartamento “ralé”, onde o chão não era impermeável, molhando o vizinho de baixo... O filme não precisaria de roteiro nenhum, basta a apresentação da nona Sinfonia, que falou muito mais claramente e maravilhosamente sobre Beethoven! Dá para sentir como se estivesse vivendo aquele exato momento.
Assim como nos filmes retratando os grandes compositores, esse não fugiu à regra! Os diretores se baseiam nas suas histórias e traçam outra paralela. Assim foi com Mozart, Paganini e outro filme mais antigo sobre Chopin. Compositores contemporâneos também entram nessa situação como Freddie Mercury e Elton John! Quem conhece a verdadeira biografia desses grandes gênios sabe distinguir a linha que separa a realidade da fantasia. Porém, muitos entendem serem estas as verdadeiras histórias desses personagens. Mas, independente das versões dos diretores não seguirem a fidelidade da vida, são filmes muito bons, interessantes e musicalmente insuperáveis! Particularmente, este sobre Beethoven, eu esperava mais do que foi apresentado. Compreendo que a intenção do diretor foi apenas mostrar o final da carreira do mestre! Mas poderia ter explorado muito mais o tema, visto se tratar de uma adaptação baseada na realidade.
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