'V de Vingança' nos mostra como um povo é, só que em forma de um personagem. O "V" (Hugo Weaving) nosso herói é igual ao povo: culto, inteligente, habilidoso na arte da guerra, silencioso em um certo momento e com certeza com a "vingança" guardada para um ato final. Um filme muito bonito, peca só um pouquinho na fotografia, mas bom, muito bom. E eu acho que não só pela história de luta que é, uma vingança contra um governo totalitário num futuro recente, mas também pela ação e romance impostos na mesma. Com um intérprete até então desconhecido (Weaving), que não tem como saber de sua qualidade da interpretação facial, mas no diálogo e movimentação bastante eficaz. Um desafio para nossa amada Natalie Portman de raspar a cabeça (não sei se ela raspou realmente), mas se raspou, fez muito bem em honrar a profissão que exerce e sempre muito boa e talentosa no papel que faz. Voltando ao filme, é uma produção para marcar uma geração, como temos hoje em dia o Anonymous e os próprios protestos acontecendo no Brasil neste momento, o filme com certeza inspirou muita gente. Diferente da HQ até então desconhecida pelo público e que ganhou força com um filme de diálogos recheados de frases proféticas e marcantes, uma história envolvente e que não deixa você se desgrudar da telinha um instante, muita ação, planos estratégicos e um final catastrófico e comprido pelo nosso herói. Muita gente criticou o desfecho da trama, com a morte do protagonista, mas eu (que particularmente não gosto quando o mocinho morre no final) gostei e ficou muito melhor do que se ele sobrevivesse, porque ali mostra que por mais que o povo ou o personagem lutem até o final para um país melhor, tem sacrifício a ser feito, tem uma dívida a ser paga e esse final deixa bem claro que por mais que você lute por uma causa, o importante não é você viver para ver essa mesma causa se concretizando, basta apenas ela se tornar realidade.