Abril de 1945, Adolf Hitler (Bruno Ganz), sua amante Eva Braun (Juliane Köhlere) seus principais assessores estão escondidos num abrigo subterrâneo construído em plena Berlim, sob a Chancelaria do Reich. Os soviéticos avançam tomando a cidade com fúria. As explosões das bombas marcam o fim de Hitler e da segunda guerra mundial. Hitler doente, louco, irado em sua intimidade, decisões insanas de destruição, seu casamento e por fim suicídio. Sob os olhos de sua secretária, temos uma visão de quem foi este homem. Seu roteiro baseado em relatos Traudl Junge (Alexandra Maria Lara), secretária pessoal de Hitler e no livro de Joachin Fest, maior autoridade mundial em nazismo. Um filme de Oliver Hirschbiegel e produção de Bernd Eichinger.
Não tenho mais nada a dizer alem de: excelente! O filme começa em 1942, com a jovem Traudl Junge sendo chamada a o bunker de Hitler na Polônia, o Wolfsschanze, com outras mulheres, todas eles convidadas a serem secretárias do Führer. Este filme já começa ganhando o meu 10 nesta cena, eu posso jurar que vi Hitler ali, na pele do Suíço Bruno Ganz, ele não só interpreta o Hitler, o Führer de ferro, que levou um país à guerra e matou milhões, mas ele também interpreta o Hitler humano. No início, Bruno interpreta o Hitler ativo, feliz, humano, mas já com as consequências do Atentado ocorrido no mesmo ano: os tremores em sua mão esquerda, Mal de Parkinson; ele consegui o que muitos tores que interpretaram esta figura antagônica no cinema, o gênio, os trejeitos e até o olhar do Hitler, e já em 1945, Bruno o interpreta cansado, triste e deprimido, o Hitler desacreditado, que já estava sofrendo as consequências do fim da guerra e principalmente pela derrota nazista; o olhar muda completamente, um olha caído. Durante a entrevista de Traudl Junge, o líder dita algumas palavras para a jovem escrever, ele dita de forma paternal e calma, com certo "apego" pela garota. Hitler escolhe Traudl Junge principalmente por ser de Munique, a cidade que que Adolf adotou como sua. O filme avança para 1945, Berlim sofre ataques dos Russos, bombardeios a cada minuto. Traudl acorda com os sons da artilharia, é aniversário de Hitler. Tenho que elogiar os figurinos e o cenário, os anos quarenta estão bem retratados nas mulheres, desde os penteados até as roupas, o uniformes dos oficiais e soldados são super fiéis à história, eu pude sentir o peso do confinamento do bunker: fechado, pesado, abafado, seco, chegando a dar agonia; conseguiram mostrar como estava Berlim, assim como a equipe de maquiagem, pelos feridos da cidade,mas eu esperava uma coisa mais grandiosa, ou melancólica no momento do suicídio e funeral de Hitler e Eva. Também tenho que elogiar a atuação de Alexandra Maria Lara, interpretou Traudl Junge, como ela é descrita por si mesma no livro, infantil, inocente, perdida, que não sabia aonde estava se metendo ou no que estava se metendo. Juliane Köhlere, é uma Eva Braun loucamente apaixonada pelo Führer, perecia não saber o que estava acontecendo, parecia não estar ali e não ver a gravidade da citação, não foi como eu imaginava Eva no fim da guerra, mas foi uma boa atuação. Não vou falar de todo o elenco aqui, mas foi um elenco de peso! Minha nota para o filme é 9,5!