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Kamila A.
7.596 seguidores
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5,0
Enviada em 26 de setembro de 2015
Alguns países possuem uma mancha na sua história. Algo pelo qual seus habitantes se sentem culpados, mesmo sem terem tido participação direta no acontecimento em questão. O Brasil, por exemplo, lamenta a escravidão que impôs aos negros vindos da África e que ajudaram a construir a cultura do país. No entanto, tal sentimento de culpa ganha outra dimensão na Alemanha. Os alemães – até hoje – se sentem culpados pelas crueldades cometidas (especialmente contra os judeus) pelo regime nazista liderado por Adolf Hitler.
O nazismo é, ao mesmo tempo, um tabu e um mistério na Alemanha. Ninguém entende como um povo tão culto como o alemão aceitou tão facilmente o domínio ideológico e político de Adolf Hitler. Ninguém entende como os atos de crueldade cometidos pelo führer e sua equipe de comando passaram tanto tempo despercebidos pelos alemães (que só ficaram sabendo do ocorrido durante o Julgamento de Nurenberg, que condenou diversas autoridades do regime nazista após a II Guerra Mundial). Ninguém gosta de relembrar ou de falar sobre esse período na Alemanha. Por essa razão, causa surpresa a existência de um filme como A Queda! As Últimas Horas de Hitler, do diretor Oliver Hirschbiegel, filme que foi indicado ao Oscar 2005 de Melhor Filme Estrangeiro.
O filme se propõe a apresentar um lado – até então – desconhecido do fim da II Guerra Mundial: como foram os últimos dias de Adolf Hitler no poder, quais eram os seus pensamentos e os da sua equipe de militares e, principalmente, o que ele e os que o cercavam estavam sentindo naquele determinado momento. Como a maioria dos que estavam presentes naqueles dias está morta, Oliver Hirschbiegel tomou os depoimentos da Srta. Junge, a secretária particular de Hitler, como base para o roteiro do filme – o que confere ao mesmo um caráter documental.
A Queda! As Últimas Horas de Hitler não tem como objetivo humanizar Adolf Hitler. Oliver Hirschbiegel não quer que sintamos pena, ódio, repulsa ou indignação. Nada que o diretor tenha mostrado na tela irá nos surpreender. Esperávamos tais atitudes de um ditador como ele. O que choca, no entanto, é ver até que ponto o seu lunatismo influenciou os outros, como na cena em que a Sra. Goebbels (com a conivência do marido) assassina seus cinco filhos, pois não admite que eles vivam numa Alemanha sem o nacionalismo-socialista implantado pelo Tio Hitler.
Oliver Hirschbiegel começa e termina seu filme com duas afirmações da Srta. Junge; ambas relacionadas ao sentimento de culpa dos alemães pelo regime nazista. Entretanto, o filme – pelo menos para mim - teve um efeito contrário: ele exorciza os alemães desse sentimento, ao mostrar que eles foram tão vítimas de Adolf Hitler quanto os judeus. Hitler abandonou seu povo, o culpou nos momentos finais e os deixou à mercê de seu louco exército. Não perceber o mal que o führer fez não é nenhum problema. Também não se pode reverter aquilo que já foi feito. O importante é viver, aprender e não repetir os erros do passado. Os alemães já pagaram muito pelos erros dos outros. Está na hora de eles abandonarem o passado e se apegarem ao futuro. O difícil é fazer isso quando são muitas as pessoas (e um povo todo – o judeu) a relembrá-los de tudo o que aconteceu naqueles anos obscuros.
-Filme assistido em 12 de Janeiro de 2016 -Nota 9/10
Estamos diante de um dos melhores filmes daquele ano,e também um dos melhores do gênero de Guerra. Já assisti uma quantidade enorme de filmes americanos que focava sua história na Segunda Guerra Mundial,mas nenhuma delas com essa experiência de poder ver e entender o outro lado da moeda.E que podemos ver com precisão aqui neste filme.
A história não fica a favor de Hitler,tenta ao máximo trazer pontos positivos do líder,para nós fazer entender de uma forma clara quem realmente foi e o que levou a cometer tantas tragédias.
Com 156 minutos de duração,"A Queda! As Últimas Horas de Hitler" consegue manter o clima frequente de tensão.Envolve bem alguns habitantes de Berlim,usa todos os figurantes com alto aproveitamento,a fotografia é outro ponto de destaque. Se une a uma edição de som belíssima.
Bruno Ganz que vive Hitler nos presenteia com algo simplesmente belo.Os trejeitos do ator nos paralisa.Ótima atuação.
Atuações magníficas que retratam o absurdo e fanatismo numa das mais trágicas páginas da história da humanidade. A guerra mostrada num prisma diferente... uma grande obra !
Filmaço! Pra quem gosta do tema e se interessa pela história sobre a II Guerra Mundial, esse período foi de grande importância, e o filme relata, acredito eu, de forma esplêndida os acontecimentos deste período. Atuações muito boas e um destaque mais que especial para Bruno Ganz que interpretou Hitler muito bem. Ótima produção com efeitos na medida e figurinos perfeitos.
Uma recriação impecável do colapso de um regime com atuações marcantes. Durante os últimos dias da Segunda Guerra Mundial, o bunker de Adolf Hitler em Berlim se torna o cenário de desespero e caos, enquanto o Terceiro Reich desmorona. Sob a perspectiva de figuras históricas, como a secretária Traudl Junge, o filme retrata as tensões internas, o impacto da derrota iminente e os atos extremos de lealdade e traição. Bruno Ganz oferece uma interpretação memorável de Hitler, humanizando sem glorificar, em uma obra que equilibra precisão histórica e narrativa emocional.
Em meio a tantos filmes que mostram a visão dos judeus ou de todo o mundo sobre o nazismo, “A queda – As últimas horas de Hitler” expõe o lado alemão. Além de apontar o já conhecido nacionalismo exagerado, que levou até mesmo crianças a participarem da Guerra, a trama tem, como destaque, as cenas de suicídio, do desespero que o antecede, das conversas e planejamentos sobre esse e a tristeza – existente, mas não muito demonstrada – dos que estavam ao redor. É interessante e revoltante ver que as pessoas atreladas ao fascismo alemão preferiam se matar a se render. Além disso, é notório o desconhecimento de alguns sobre todas as mortes que aconteceram por mando do “Führer”, como é o caso da própria secretária Traudl Junge (Alexandra Maria Lara), responsável por narrar o que deu origem ao longa.
O filme é bom como documento histórico, o destaque e a grande atuação de Bruno Ganz, o lado negativo é que é um pouco monótono demais o filme, mas ainda é um bom filme.
A Queda é um filme que, inegavelmente, tem um ótimo valor histórico, graças aos depoimentos da secretária geral do Hitler, que fez o filme ser possível. Ótimo roteiro e bons atores, destaque ao Hitler, que ficou convincente o suficiente para chegar em um ponto em que não se sabe se aquele é o falso ou o verdadeiro. Cenas eletrizantes de guerra e o uso do alemão (que deixou o filme mais autêntico no seu valor de História) são outros pontos fortes. O único ponto fraco é o excesso de tempo do filme: 2 horas e 35 minutos é bastante tempo! Mas vale a pena assistir.
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