O filme “Entre os muros da escola”, retrata os desafios do professor em sala de aula. O ponto forte da obra se encontra no embate entre as variedades étnicas com opiniões diferentes e as dificuldades entre essas pessoas. Os alunos reclamam do método de ensino e da aplicação do conteúdo na vida diária. A relação entre professor e aluno apresentada é cheia de conflito. Os próprios professores em determinadas situações ficam sem saber como “punir ou instruir” alguns alunos. A obra não tenta criar heróis ou personagens que consegue promover mudança, ela demonstra um reflexo do que acontece na sociedade atual. Quem são esses sujeitos? Quais são suas demandas? Elas cabem no currículo? Se pensarmos dessa forma, então é uma obra-prima.
O filme retrata os desafios diários de um professor em sala de aula, se deparando com situações que exigem cautela até mesmo para dialogar com os alunos. O interessante do filme se dá as variadas etnias com opiniões diferentes e a dificuldade de socialização entre essas pessoas. Os alunos se queixam do método de ensino muitas vezes e essa realidade evidencia o paradoxo entre estar diariamente em uma sala de aula e não absorver nenhum conteúdo.Nos faz pensar se existe um método educacional que seja melhor do que repudiar um aluno que infringe as normas expulsando-o da escola, talvez seja uma boa punição, porém cabe à nós imaginarmos as diferentes situações de vida dos alunos, o que é exatamente relatado no filme. Vale muito a pena assistir!
O filme tem alguns momentos cansativos e monotónos com uma dramaticidade forçada, mas depois de um certo tempo chega-se a conclusão de que tudo foi pensado para que se replicassem situações vividas em sala de aula. Portanto, não só o ponto de vista do professor é importante, mas também o dos alunos. Filme obrigatório para quem quer entender um pouco sobre ensino, educação, pedagogia, etc..
O filme trata de um problema comum em várias escolas, em diversos países: como deve ser o diálogo entre professores e alunos. Por mais boa-vontade que tenham, François e os colegas muitas vezes perdem a calma, o que é natural, dada a agressividade e o desinteresse de boa parte dos alunos. Salvam-se as exceções, é claro, dos alunos educados e interessados. Foi interessante abordar a diversidade étnica e cultural dos alunos, originários de países árabes e africanos, que encontram dificuldades para se entrosar com a cultura francesa. A menina questionadora, que era a representante da classe, acabou surpreendendo o professor ao dizer que tinha lido e gostado de "A República", de Platão. "Entre os muros da escola" pode servir de instrumento de reflexão para educadores, pais e filhos. Tolerância e respeito parecem ser as palavras-chave, e a cada ano letivo a "batalha" recomeça.
É tão verossimilhante que é quase um documentário. Achei que as coisas ficaram mais interessantes quando descobri que François Bégaudeau é autor do livro autobiográfico que originou este filme. A história se desenrola devagar, mas o filme se sustentou e me prendeu muito a atenção somente pelos diálogos e situações, que, como eu já disse, são bem reais. É incrível como, tanto os alunos, por ora se interessarem na matéria explanada, ora tratando o professor com descaso, quanto o próprio professor, ora mostrando interesse genuíno em ensinar, ora se descontrolando, fogem os clichês e se tornam paradoxais. 5 Estrelas.
É o retrato da França atual,que rejeita os imigrantes,da educação,que está fora da realidade dos alunos e dos professores,que estão cada vez mais desvalorizados.
Gostei especialmente das atuações, principalmente dos adolescentes, em contraste claro com o ambiente da sala de aula de Entre os Muros. Talvez eles tenham sido convidados a serem (quase) eles mesmos no filme, pois, como mostra a ficha do elenco, os nomes dos personagens correspondem aos originais. Os muros dessa escola mostram que há barreiras universais no processo educativo, ao passo que no Brasil alguns dos mesmos sintomas são tidos como específicos ou caros a uma herança maldita e hereditária ou mesmo a problemas estruturais. Certamente, muitos educadores devem ter assistido ao filme e se visto naquela sala, assim como alguns de seus alunos. O rigor é eleito como sinônimo do resultado. Deixo duas estrelas a menos pela narrativa bastante lenta, que torna o filme cansativo. Por isso, é um filme que não pretendo ver novamente, embora o considere muito bom. Creio que o resultado final teria sido mais interessante se também fossem mostrados os muros da escola da vida, como o ambiente doméstico, até para aprofundar a discussão.
"Entre os muros da escola", de Laurent Cantet, é de uma simplicidade e ao mesmo tempo complexidade ímpar. Simples por não ser demasiado rebuscado; complexo por tratar de uma questão que até hoje não foi resolvida: o respeito mútuo entre Professor e Aluno, em qualquer país o tema da Educação é espinhoso, e esse filme trata dele de forma direta e honesta, mas sem grandes pretensões declaradas. Palma de ouro em Cannes - 2009, merecida! Maravilhoso. Dez!
Amei! indico como um daqueles filmes que ninguém pode deixa de assistir. Desperta-nos para a questão da grande complexidade em que há nas relações; em especial gostei, por ter sido abordada no âmbito escolar. Acredito que a sociedade usa demasiadamente discursos fatalistas e sempre apontadando um ou outro como "Os Culpados". Há sim resnposáveis por tantos problemas com a Educação, e esse inúmeros problemas, são responsabilidade de todos! Assistam!
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