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Michel A.
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6 críticas
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5,0
Enviada em 25 de dezembro de 2013
O filme “Tartarugas sabem voar” é uma coprodução entre Irã e Iraque do diretor Bahman Ghobadi. A história acontece em um acampamento de refugiados, situado no Curdistão, próximo à fronteira do Iraque com a Turquia. Retrata a vida de crianças em um acampamento de refugiados que, para sobreviver, desativam e vendem minas. Neste filme tudo é claustro, cinéreo e frívolo. Ao assistirmos sentimos certo terror e repugnância, uma vez que ganhamos consciência de uma calamidade catastrófica, causada por guerras sem sentido, onde suas principais vítimas são crianças. São crianças mutiladas, vivendo de forma precária em tendas, desarmando bombas que são vendidas para os próprios americanos, que foram responsáveis por mutilá-las. Essas crianças não são personagens fictícios, mas personagens reais que retratam suas próprias vidas. É um golpe nos estômago de qualquer mortal.
Este é um filme que te projetá para dentro de uma realidade. Em "Tartarugas Podem Voar" não há como não sair da zona de conforto. De crianças a velhos, todos em vivendo condições paupérrimas e forçados a deixarem suas casas e cidades para viverem em tendas no meio do nada. A iminente invasão americana ao Iraque se torna menos ofensiva quando crianças sobrevivem de vender peças velhas, dentre as peças, minas responsáveis por matar aquela gente. A geografia cinza da fronteira Iraque-Irã-Turquia dá um tom frio e angustiante a qualquer situação envolvendo os personagens. Durante todo o filme há a sensação de que algo ruim está para a acontecer aqueles refugiados. É angustiante, mas de grande reflexão. Como é dito no final do filme, ali são profissionais que representam a própria vida e fazem papel de si mesmos. E, ironicamente, Irã e Iraque, um dia inimigos de guerra, se uniram para falar e protestar, nesse filme, sobre os impactos de uma guerra. Excelente!
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