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    Ponto Final - Match Point
    Média
    4,1
    1012 notas
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    52 Críticas do usuário

    5
    13 críticas
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    Marcio S.
    Marcio S.

    7 seguidores 17 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 31 de julho de 2015
    Com uma filmografia extensa e a característica de ser um cineasta autor, Woody Allen revisita temas em seus filmes para ratificar suas ideias e falar sobre temas que não cansamos de refletir. Em Match Point ele faz um filme que toca no tema de seu filme Crimes e Pecados, porém em um tom mais sombrio. Aqui ele não utiliza um narrador e não tem nenhum alívio cômico. Ele sempre quis ser um diretor de dramas e apesar desse não ser exatamente um (talvez misturado com suspense), Match Point é um filme sério, com uma fotografia muito boa, roteiro perfeito e com um personagem que merece ser estudado.
    Chris Wilton (Jonathan Rhys Meyers) é um tenista que desistiu de continuar jogando em torneios e resolve dar aulas em um clube da classe alta londrina. Lá ele conhece Tom Hewet (Matthew Goode) filho de um empresário rico. Tom tem um relacionamento com Nola Rice (Scarlett Johansson) que é uma aspirante a atriz, porém não consegue trabalho. A mãe de Tom não a vê com bons olhos e critica o relacionamento de seu filho. Quando em uma festa Wilton conhece Rice, ele acaba se apaixonando por ela.
    Match Point foi indicado ao Oscar em 2006 na categoria de melhor roteiro. Mais uma entre tantas que Woody Allen já teve. Mas não é para menos. Ao prestarmos atenção na estrutura que conduz cada momento da história adiante é como se fosse uma escada que você sobe degrau a degrau, sem pular um ou que sem que fiquemos parados muito tempo no mesmo. Há detalhes ricos e interessantes que permeiam a narrativa a fim de conduzi-la de modo que se prepare para o final. Assim vemos Wilton lendo Crime e Castigo de Dostoiévski e temos a informação de que onde Rice mora há um aumento da criminalidade. É algo que as vezes passa em um diálogo despercebido, mas que prepara o espectador pra o final.
    Se o roteiro é algo importante no filme sua fotografia também se impõe. Cria-se uma atmosfera soturna, principalmente em cima de nosso protagonista. Os enquadramentos também conseguem transmitir ideias, como por exemplo quando nosso protagonista para em uma galeria de arte e ao fundo vemos apenas uma pintura de um ser humano e suas mãos parecem que estão sugerindo algo. A cena da chuva e a entrada em um jardim suspenso parecem algo primitivo que busca em nosso inconsciente a concepção do pecado original.
    Há algo de obscuro em nosso protagonista. Além do roteiro e da fotografia a interpretação de Meyers compõe bem seu personagem. Isso nos leva a realizar um estudo interessante sobre o personagem, que tem a sorte como visão de que ela é a rede que divide a vida entre perdedores e ganhadores. Analisando Chris Wilton se nota com clareza seu desejo de fazer parte da sociedade das classes mais abastadas. Assim ele parece ler pensadores e cita-os de maneira que permita ele entrar naquele mundo rico. Até mesmo seu gosto pela música diz isso, mas quando vai em um restaurante, enquanto seus companheiros pedem algo mais rebuscado ele pede simplesmente um frango assado. Acredito que ali Woody Allen quer nos lembrar que ele não faz parte daquele mundo. Sua incerteza em dizer o que quer fazer de sua vida é algo que é refletido na indecisão dele largar ou não sua esposa. A única certeza que o espectador vai formando ao longo do filme é que ele não quer perder por nada a vida que conquistou. Chegando a essa conclusão, que sua individualidade deve prevalecer e que perder a vida que ele tem não vale a pena, ele deve contar mais uma vez com sua sorte.
    Falando de sua sorte e fazendo uma análise do tênis, ele cita o quanto a bola nesse esporte por mais que raspe na rede deve cair do outro lado. Porém as vezes a bola pode cair no própeio campo. Quando isso acontece parece que Woody Allen quer dizer que mesmo se perdendo, pode-se ganhar. É o caso do rumo da vida do protagonista. Ele perde qualquer dignidade que poderia ter ao realizar sua ópera. Ele perde qualquer coisa de bom que o ser humano poderia ter, mas ao seu ver ele só ganhou, porque continuou a ter a vida que sempre desejou. Isso só depõe a favor da ideia de mundo de nosso autor. Seu personagem segue sua individualidade ao extremo e o que e importa é exatamente ele mesmo. Isso acaba nos levando a algo maior, como ver em Wilton a sombra de uma sociedade preocupada única e exclusivamente com si mesma e que o objetivo é ter aquilo que deseja custe o que custar e que se para isso deva-se dar a sua alma que assim seja.
    Woody Allen acerta ao optar na sua trilha sonora ao colocar óperas. O filme é uma tragédia grega e nosso protagonista não cita Sófocles à toa ou somente para o contexto do filme. Há uma clara divisão entre amor e luxúria, individual e coletivo, verdade e mentira, sorte e azar e tudo dividido pela rede imaginária da vida. Ao acabarmos de assistir ficamos estarrecidos e impactados por um retrato e uma visão de um mundo em que individualidade e sorte prevalecem e sendo assim qualquer intervenção divina parece estar longe do planeta que chamamos de Terra.
    anônimo
    Um visitante
    5,0
    Enviada em 16 de setembro de 2019
    Os novos ares europeus que Woody Allen passou a respirar a partir da década passada definitivamente o fizeram bem. Nos últimos anos, um cineasta cansado de assinatura pueril, sem dúvidas. Mas é inegável que ainda existem em seu catálogo mais recente obras que contém o que há de melhor no realizador, como Meia-Noite em Paris e este Match Point, seu primeiro filme quase totalmente internacional. Um dos últimos grandes filmes do excêntrico artista do cotidiano. Um tenso thriller filosófico sobre classe e identidade, Ponto Final é interessante e estimulante a cada cena, nem parece que é o filme mais longo do diretor, pois os diálogos são tão bons e as situações que retrata tão identificáveis que a hora passa voando. A direção de Allen é astuta e segura, e é mais que prazeroso andar por Londres no mesmo ritmo e vigor que ele costuma andar por Nova York. Este filme é a verdadeira definição da palavra ''sútil'', um inteligente mosaico social desenvolvido magistralmente através dos diálogos, da música, e das rimas visuais. Scarlett Johansson está magnética como a sensual e emotiva Nola Rice e Jonathan Meyers está surpreendente entregando uma atuação sólida e expressiva. Um conto deliciosamente macabro e moralmente desafiador sobre destino, sorte, ambição e culpa. De longe o melhor filme de Allen dos anos 2000. NOTA : 9.5 / 10
    Barboza Wagner
    Barboza Wagner

    44 seguidores 58 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 21 de janeiro de 2013
    Scarlett Johansson esta deslumbrante, juntamente com Jonathan Rhys Meyers, química e interpretações entre os dois esta ótima. E Woody Allen como sempre impecável. Um filme com grandes atuações, ótima direção e uma historia que mostra as consequência de nossos atos.
    Talles D.
    Talles D.

    3 seguidores 18 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 6 de janeiro de 2020
    Achei o filme muito bem escrito. Demonstra com clareza o pensamento humano, especialmente o masculino. Interessante ver também como é dificil desapegar das coisas materiais e o quanto é comodo levar uma situação que é favorável e conveniente apenas a uma das pessoas interessadas. O final do filme é sutil e, a meu ver, é genial ao comprovar o quanto a sorte pode ser fator determinante na vida, a despeito, claro, do esforço. Recomendo muito!
    Raphael M.
    Raphael M.

    9 seguidores 2 críticas Seguir usuário

    3,0
    Enviada em 25 de junho de 2013
    Recebi ótimas recomendações sobre esse filme, devo assumir que ver o filme não as superou. O filme foi se arrastando até suas 1 hora, onde a partir daí sua trama começou a ganhar um diferencial, afinal é um filme do Woody Allen. Acho que minha nota retrata bem o que achei do filme, não é excelente, porém não é fraco.
    Ricardo L.
    Ricardo L.

    60.003 seguidores 2.818 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 19 de setembro de 2019
    Ótimo filme de um diretor que não me encanta muito, mas me rendo a nobreza de seu filmes! Aqui temos um roteiro que sem sombras de dúvidas é um dos melhores daquele ano, se não for o melhor, elenco com nomes como Jonathan Rhys Meyers que está razoável, Brian Cox e da lindíssima Scarlett Johansson que está no auge da sua beleza, com toda a sensualidade que encanta a todos, além de sua excelente performance como Nola Rice, merecia sim ter sido indicada ao óscar, mas... Match Point tem um roteiro marcante e final impactante.
    Mari
    Mari

    5 críticas Seguir usuário

    1,5
    Enviada em 21 de março de 2020
    Depois de ler tantas coisas boas sobre o filme, fiquei decepcionada. Fiquei o tempo todo me perguntando onde aquela história do filme o levaria. No final, tudo aquilo aconteceu pra nada? Perdi tempo assistindo.
    Benedicto Ismael C. Dutra
    Benedicto Ismael C. Dutra

    84 seguidores 145 críticas Seguir usuário

    2,5
    Enviada em 26 de setembro de 2020
    Um filme conduzido com muita habilidade por Woody Allen, no qual ele tece uma trama que quer demonstrar que na vida não existe a lei da reciprocidade. Chris é um jogador de tênis que resolve ser instrutor para pessoas da classe alta e percebe que tem a oportunidade de dar o golpe do bau casando com Chloe, uma moça de família rica, mas ao mesmo tempo quer dar vazão ao seu instinto sexual em sua paixão por Nola que acaba engravidando e se nega a praticar aborto. A vida como administrador das empresas da família se torna atraente e Nola se torna uma ameaça. Chris consegue sufocar a intuição e planeja friamente como se livrar da amante. O investigador interroga Chris, mas o álibi dele não apresenta falhas, apesar disso o investigador intui com todos os detalhes a culpa de Chris que é salvo pelo anel encontrado no dedo de um drogado morto. Chris tem uma visão em que Nola diz que ele vai colher o que semeou. Embora corroído pela culpa Chris se acha um protegido da sorte por ter usado seu livre arbítrio para o mal. Chris pensa apenas em termos da justiça das leis terrenas criadas pelos homens como se não houvesse a justiça decorrente da atuação das leis divinas que atua no aquém e no além, na matéria ou fora dela.
    Júnior S.
    Júnior S.

    1.155 seguidores 269 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 12 de fevereiro de 2013
    É incrível a forma com que Woody Allen consegue passar de um extremo a outro, das comédias escrachadas de que ele está acostumado, até dramas intensos como este. Match Point é um filme inteligente como poucos, usando a metáfora como principal contraponto narrativo, fazendo com que simpatizemos e odiamos do personagem principal ao mesmo tempo. Filmaço!!!!!!!
    Tarsila X.
    Tarsila X.

    1 seguidor 8 críticas Seguir usuário

    2,5
    Enviada em 3 de novembro de 2016
    O filme é uma lástima!A sensação que tive foi que houve um começo bacana,porem do meio para o fim foi algo estranho.Acho que faltou explorar mais tanto a relação entre os amantes,quanto a angustia dele em ter que fazer a escolha e por fim o desfecho....Lembrei do "talentoso Ripley",sendo que a trama é bem inferior.
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