Em “Melinda & Melinda”, o diretor e roteirista Woody Allen tenta responder a uma pergunta que, de tão simples, acaba se tornando extremamente difícil: afinal, qual é a essência da vida? Para tanto, Allen reúne quatro amigos dentro de uma cafeteria. No grupo estão dois escritores: um especialista em idealizar dramas e outro em criar comédias. Quando um dos amigos relata uma história que ele escutou, os dois autores começam a desenhar a resposta da pergunta – que é a história do filme propriamente dita.
Cada um deles, então, irá apresentar a sua história sob dois pontos de vista diferentes: um dramático e outro cômico. O tema é simples: Melinda (a atriz australiana Radha Mitchell, de “Em Busca da Terra do Nunca”) chega inesperadamente em dois apartamentos de Nova York e interrompe dois jantares importantíssimos, nos quais dois casais tentam convencer duas pessoas a embarcar em um projeto que eles estão visualizando. A chegada de Melinda irá desencadear uma série de situações – que sempre descambam ou para o lado cômico ou para o dramático -; todas elas ilustrando a luta de uma mulher que tentar reencontrar a sua vontade de viver e acaba despertando nos outros a mesma vontade de mudança e reestruturação na vida.
Ao assistir “Melinda & Melinda” é impossível não comparar as duas histórias que nos são apresentadas. Surpreendentemente, o ponto de vista dramático de Melinda é bem mais rico do que o cômico – em todos os sentidos. Por causa disso, incomoda o fato de Woody Allen ter deixado o drama de lado e optado por dar um fechamento somente à história cômica do filme. A impressão que se tem disso é que só terá um final feliz aqueles que encaram a vida sem seriedade. Será essa a essência da vida que Allen procurava encontrar?
Um drama para rir ou uma comédia para chorar? Esse é o tom da obra Melinda e Melinda. Mais uma vez o roteiro de Allen é delicioso... Nos apesenta duas histórias de vida contada sob o ponto de vista da comédia e do drama. A narrativa é fascinante, com flashes alternados entre as duas Melindas muito bem concatenadas a mostrar que em tudo na vida há ironia e drama e que estão intimamente ligados. Os pontos de encontros de ambas as histórias são meticulosamente pensados por Allen: o bistrô, a lâmpada, etc...Apesar de Melinda ser o nome de filme, pode-se dizer que TODOS os personagens são protagonistas na trama. Em meu sentir, está na galeria dos melhores do Diretor.
-Filme assistido em 03 de Março de 2016 -Nota 5/10
Começamos na sempre querida Nova York. Temos uma reunião de quatro amigos num restaurante,que começam a dialogar sobre arte,romances e filosofia. Dois dos amigos ali na mesa são diretores de peças teatrais, e tentam chegar a uma conclusão de qual abordagem é conveniente ao dia a dia,a comicidade ou a tragédia.
No final é que chegamos a uma conclusão perfeita daquilo que Woody Allen tenta passar durante o longa. O que ficou bem idealizado foi a presença de Radha Mitchel interpretando Melinda nas duas histórias. O restante do elenco não aparece bastante ao ponto de se destacar.
Cada filme de Woody Allen tende a ser algo no mínimo interessante. Algo acima da média do que estamos acostumados a assistir. Neste filme ele vem analisar a vida. Será que os acontecimentos em nossa vida são trágicos ou cômicos? O filme acompanha a vida de uma personagem chamada Melinda (Radha Mitchell) A atriz é a protagonista em um filme que é dividido em trágico e cômico. A Melinda trágica surge na casa de uma amiga em uma noite em que seu marido e ela estão oferecendo um jantar para alguns anfitriões. Ela vem depreciativa e é nítida como ela traz todo o peso que tem nas costas para dentro daquela casa. A outra Melinda surge também em um jantar em que um casal oferece, mas aqui se inicia ma história cômica. Woody Allen é um cineasta econômico e sempre utiliza seus começos de filme tentando em poucos minutos passar a introdução do filme de maneira rápida e aqui mais uma vez isso acontece. Ele usa o cabelo para diferenciar as duas Melinda. Cada penteado traz uma característica da personagem. Ele difere a trágico/comédia também através de cores como é utilizado normalmente. Temos cores mais alegres na parte da comédia enquanto na parte trágica temos o predomínio de cores mais neutras. A mise-en-scène também é importante, pois há planos que podem dizer muito sobre algumas situações. O roteiro não é diferente ele é enxuto e nos passa a essência para uma reflexão. Cada história é desenvolvida com praticamente os mesmos elementos. A iluminação também não passa despercebida. Woody Allen difere as duas histórias com uma iluminação mais forte na história cômica e utiliza uma iluminação mais sóbria, fraca, para enaltecer a trágica. Com uma excelente idéia Woody Allen leva seus temas como fragilidade do amor, infidelidade conjugal e outros mais com uma história essencialmente reflexiva, porém que não ofereça respostas fáceis.
Mais uma vez, a genialidade do diretor Woody Allen nos proporciona uma comédia que leva ao riso e ao divertimento, além de acrescentar drama ao enredo.
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